Painel 17-09-17

Por Paulo Cesar Magella

17/09/2017 às 06h30 - Atualizada 16/09/2017 às 17h10

Olho no prazo

Como as regras para as eleições do ano que vem devem continuar basicamente as mesmas, os políticos estão na estrada em busca não somente dos eleitores, mas também de acordos com lideranças para assegurar o território. Sem distritos delimitados, é um contra todos e todos contra um, num salve-se quem puder que ganharia mais corpo com o distritão. Com o modelo proporcional – que deve continuar valendo em 2018 -, as conversas se estendem mais às legendas, o que faz dos presidentes de diretórios poderosos atores. Mas há outras implicações. Muitos políticos devem mudar de partido para melhor se acomodarem nesse cenário ante a falta de perspectivas dentro de suas próprias siglas. Por isso, o quadro deve ganhar uma conformação mais exata a partir do dia 7 de outubro, quando termina o prazo de filiação de interessados nas eleições.

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Convidado

O xadrez é jogado em grandes e pequenas siglas. No PSDB, por exemplo, a dúvida é saber se está mantida a candidatura a deputado estadual do presidente da Câmara, Rodrigo Mattos, pelo PSDB. Embora pessoalmente ele não tenha se mexido, há partidos interessados em seu passe, como o PHS. Se vai aceitar, ou não, só o tempo dirá. O deputado Marcus Pestana está confirmado como candidato à reeleição, atuando próximo ao senador Aécio Neves, mesmo sabendo o preço que paga por isso. A questão em pauta é se Aécio vai tentar a reeleição ou se voltará à Câmara Federal, para a qual teria garantia certa de eleição.

Sem acerto

O PSB do deputado Júlio Delgado o tem como candidato a deputado federal, mas seu nome foi cotado até para tentar o Senado Federal. O parlamentar precisa, primeiro, resolver a questão Marcio Lacerda. A última convenção em Belo Horizonte terminou na polícia, e o ex-prefeito da capital ainda não tem ampla certeza se vai disputar para governador ou se tentará o Senado Federal, que em 2018 terá duas cadeiras a serem preenchidas. Júlio tem dificuldade em apoiar Lacerda nos dois projetos e também já foi convidado a mudar de partido. Por enquanto, fica onde está.

Dobradinha

No Partido dos Trabalhadores, a situação tende a se pacificar em Juiz de Fora com a possível desistência do vereador Wanderson Castelar de tentar uma vaga na Assembleia. Por mais de uma vez e em mais de um lugar, ele disse que vai continuar na Câmara Municipal. Num desses eventos, indicou que a cidade deveria insistir nos nomes locais, o que implica a reeleição da deputada Margarida Salomão e a eleição do vereador Roberto Cupolillo (Betão) para deputado estadual. Ambos têm um fator importante na disputa: base de articulação.

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Paulo Cesar Magella

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