Historiador relata o drama da gripe espanhola e as mortes em Juiz de Fora

Por Paulo Cesar Magella

16/05/2020 às 12h00 - Atualizada 18/05/2020 às 07h38

Num de seus muitos artigos no Diário Mercantil, o historiador Paulino de Oliveira, ao abordar a gripe espanhola, que segundo ele apareceu em Portugal, matou 423 pessoas em Juiz de Fora, em 1918. Num dos trechos, ele traça um cenário que é comum nos dias de hoje. “Eu também fui atingido por ela, e creio ter sido a única vez que fiquei em casa, sem trabalhar. Não de cama, mas na janela, vendo os bondes passarem. Um dia deixaram de passar. Vi o último motorneiro tombar no Largo de São Roque. Naquele dia, tudo parou em Juiz de Fora – os bondes, as fábricas, o comércio e as escolas…O Brasil é um vasto hospital”. Paulino destaca que não foi possível, sequer, comemorar o fim da Primeira Guerra Mundial.

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