Pardal venceu eleição na Câmara com um voto além do esperado

O emedebista Marlon Siqueira mudou de opção e surpreendeu a plateia que esteve presente à sessão

Por Paulo Cesar Magella

14/12/2018 às 11h59 - Atualizada 14/12/2018 às 20h40

Por 11 votos a 8, o vereador Luiz Octavio Coelho (Pardal) foi eleito presidente da Câmara Municipal para o biênio 2019/2020. Ele teve um voto a mais, além do esperado, uma vez que, na hora da votação, o emedebista Marlon Siqueira mudou de opção. A decisão surpreendeu a plateia, mas já era esperada nos bastidores da Câmara.

Como o Painel antecipou, havia problemas na base, pois pelo menos um vereador – e era Marlon – defendia um grande acordo em vez do enfrentamento das chapas. Os vereadores Ana Rossignolli e Wanderson Castelar, a despeito das pressões, mantiveram sua posição a favor de Pardal e farão, inclusive, parte da nova Mesa Diretora. Antes da votação, Kennedy Ribeiro fez um discurso de propostas, muitas delas afinadas com a bancada petista, que impôs condições para apoiá-lo.

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Já Pardal, o vencedor, destacou, por duas vezes, o nome dos vereadores que estavam fechados com a sua chapa, e elogiou a gestão Rodrigo Mattos, da qual fez parte, mas antecipou – sem dizer quais – que algumas medidas estruturais serão tomadas.

Documento arquivado

Na última segunda-feira, foi realizada uma reunião da Executiva do MDB na sede do partido para definir um voto em bloco na candidatura de Kennedy. Como não havia consenso, o jogo foi virado para a candidatura de Ana Rossignoli. Pelo entendimento, ela teria todos os quatro votos do partido na Câmara Municipal. Chegou a ser elaborado até um documento, que teve o aval da bancada, menos o de Ana. O documento, no entanto, não chegou a ser oficializado nem mesmo a reunião. Os setores que se irritaram com o voto de Marlon chegaram a citar o texto, mas ele, em momento algum, falou na candidatura de Kennedy, daí não ter havido, em tese, qualquer infidelidade formal.

Última tentativa

Antes da votação, Kennedy Ribeiro fez um discurso de propostas, muitas delas afinadas com a bancada petista, que impôs condições para apoiá-lo. Já Pardal, o vencedor, destacou, por duas vezes, o nome dos vereadores que estavam fechados com a sua chapa. Elogiou a gestão Rodrigo Mattos, da qual fez parte, mas antecipou – sem dizer quais – que algumas medidas estruturais serão tomadas. É quase certo que postos estratégicos sejam mudados no setor administrativo.

Rodrigo se despede

O vereador Rodrigo Mattos fez um emocionado discurso de despedida da presidência da Câmara, na sessão dessa sexta-feira (14), a qual ocupou nos últimos quatro anos. Vereador no quarto mandato, fez questão de lembrar que foi um presidente que procurou respeitar a pluralidade, sobretudo pelo perfil não apenas dos vereadores mas do público que frequenta as dependências do Legislativo. Agradeceu aos funcionários e enfatizou que vai continuar, agora no plenário, lutando por dias melhores para Juiz de Fora. Tão logo desceu da tribuna, vários vereadores pediram a palavra para cumprimentá-lo.

Executiva extinta

O castigo tarda, mas não falta. Toda a Executiva do PSB estadual, que apoiou a candidatura do ex-prefeito Marcio Lacerda a governador – depois barrada -, foi destituída pelo comando nacional. O ato foi considerado pelo deputado Júlio Delgado consequência da resistência dos dirigentes mineiros em acatar uma decisão do diretório nacional, que insistia no apoio à candidatura de reeleição do governador Fernando Pimentel. O deputado minimizou a decisão, destacando que ela foi tomada porque o diretório, que irá se tornar comissão provisória, não alcançou a meta de eleição de parlamentares no pleito de outubro.

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