Expominas de BH também tem problemas como o de Juiz de Fora

Por Paulo Cesar Magella

14/09/2017 às 07h00 - Atualizada 13/09/2017 às 19h48

Centros de convenções

A falta de interesse na ocupação de centros de eventos pela iniciativa privada não se explicita apenas no caso do Expominas de Juiz de Fora. A Assembleia Legislativa fará audiência nesta sexta-feira para avaliar a situação do Expominas e o Minascentro, ambos em Belo Horizonte, que também foram colocados na pauta para terceirização em concorrências desertas, isto é, não apareceu nenhum interessado. Os deputados Roberto Andrade (PSB), presidente da Comissão de Desenvolvimento, Antonio Carlos Arantes (PSDB) e Fred Costa (PEN), vice-presidente da Comissão de Assuntos Municipais, autores do pedido de audiência, querem saber o que está ocorrendo e o que o Estado pretende fazer. O edital para a chamada concessão onerosa do Minascentro e do Expominas, por uma única empresa ou consórcio, previa ações de manutenção e modernização. O vencedor ficaria responsável pela operação econômica dos bens, com destinação vinculada à promoção de eventos, além de arcar com os encargos relacionados à realização de investimentos e obras, por exemplo.

Só concessão

Quando lançou o edital, o Governo deixou claro que não se tratava de privatização dos bens, apenas de concessão de uso para gestão dos espaços. Essa ação foi considerada importante para potencializar o dinamismo dos negócios, ampliar o mercado e os públicos-alvo e valorizar a eficiência na prestação dos serviços à população, além de contribuir para maior projeção de BH e Minas no cenário de eventos.

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Modernização

Sem interessados nos espaços, a Codemig anunciou que vai investir diretamente em obras de reforma e modernização do Minascentro. Serão realizadas intervenções no sistema hidráulico, de energia e de ar-condicionado, bem como no telhado, a partir de janeiro de 2018. O processo licitatório das obras está em fase de estudo. Só no Minascentro, o investimento mínimo obrigatório seria de R$ 15 milhões, executados em até dois anos.

Queda de preços

A falta de chuvas na região – em Juiz de Fora já são 24 dias – tem sido uma das principais preocupações dos produtores de leite da Zona da Mata, mas não é a única. A Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura de Minas fará reunião de emergência, nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, para discutir medidas contra as sucessivas quedas no preço recebido pelos produtores de leite do estado, mesmo em período de entressafra. O presidente da comissão, Eduardo Pena, destaca que o setor está atravessando uma fase de preços estreitos. “Precisamos buscar alguma solução, como sensibilização das autoridades quanto a problemas criados pela importação predatória de leite.”

Paulo Cesar Magella

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