O voto de Aécio

Por Paulo Cesar Magella

12/08/2021 às 07h00 - Atualizada 12/08/2021 às 23h16

O placar em que a Câmara sepultou a discussão sobre o voto impresso – a despeito do discurso de ontem do presidente Jair Bolsonaro – chamou a atenção para um detalhe: a fragmentação do viés partidário. Salvo as exceções, a maioria das legendas teve dissidências a favor e contra o Governo, mas o que mais chamou a atenção foi o voto do deputado Aécio Neves, ou melhor, o não voto, pois ele se absteve. Experiente na política, conseguiu desagradar os dois lados. Nos bastidores tucanos até mesmo políticos mais próximos se surpreenderam, mas interpretam a sua posição como um sentimento coletivo, isto é, o que pesou não foi o viés ideológico, e sim o salve-se quem puder que se instalou na Câmara e que vai aumentar se o distritão for aprovado.

Partido dividido

No caso tucano, Aécio surpreendeu também por não acolher a posição dos quatro pré-candidatos da legenda: os governadores João Doria e Eduardo Leite, o ex-senador Arthur Virgílio e o senador Tasso Jereissati, em documento elaborado pelo presidente do diretório nacional, deputado Bruno Araújo, pediram o voto contra. A divisão tucana tem outras implicações, já que em outubro o partido irá decidir o nome que pretende levar aos palanques. Hoje, é um partido dividido.

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