Aliados cobram definição de Zema e de Kalil

Por Paulo Cesar Magella

12/02/2022 às 12h00 - Atualizada 11/02/2022 às 13h15

O governador Romeu Zema (Novo) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que lideram as pesquisas de intenções de votos para o Governo de Minas, vivem momentos cruciais na corrida até as urnas ante a pressão de aliados que cobram uma definição, especialmente, dos cargos de vice e disputa pelo Senado. Se em 2018 não tinha esse problema, por ser um outsider na política e considerado zebra na disputa, o governador, agora, é um player e tem uma fila de pretendentes em ocupar a cadeira hoje ocupada pelo vice Paulo Brant.

Vaga de vice tem fila de espera

O próprio Brant está no páreo, mas, como destacou à Tribuna, ninguém é candidato de si mesmo. “Vice é convidado”, ciente de que seu partido, PSDB, é um aliado do governador ocupando, inclusive, a liderança no Governo na Assembleia. Mas a lista é grande. O deputado Marcelo Aro, que tem fustigado o prefeito Alexandre Kalil com a bancada que controla na Câmara Municipal, tem a mesma pretensão, ou então disputar a única vaga ao Senado. A esta fila também se soma o poderoso secretário-geral, Mateus Simões, cujo projeto final, no entanto, é disputar o Governo em 2026.

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Pacheco é peça decisiva nas ações do prefeito

Pelo lado de Kalil tudo depende, inicialmente, dele próprio, mas ele ainda não abriu conversas com outros partidos. Talvez esteja esperando a abertura da janela que pode mudar o cenário político. O PSD, ao qual é filiado, tem no senador Rodrigo Pacheco uma opção à disputa presidencial, mas o mais provável – ante o seu silêncio e pouca disposição para articular tal projeto – é apoio ao ex-presidente Lula, como já admite o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Se isso ocorrer, fica mais fácil a composição do palanque em Minas, com o PT podendo desistir da disputa ao Governo para apoiar Kalil.

Paulo Cesar Magella

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