Dissidentes do MDB não desistem de prévia em março

Por Paulo Cesar Magella

11/03/2018 às 07h00 - Atualizada 12/03/2018 às 16h55

Vão insistir

A decisão da Executiva do MDB de Minas de só fazer prévias, para definir se terá candidatura própria ao Governo de Minas, no dia 1º de maio, não cessou o movimento dissidente liderado pelo presidente do diretório, Toninho Andrade. Embora o discurso, agora, seja de que eles não estão à frente do processo, coordenadores regionais, que tinham marcado a prévia para março, resolveram fazer uma manifestação no sábado, dia 17 – quando seria a prévia -, para apontar sua insatisfação com os dirigentes e, sobretudo, com os deputados. A articulação ganhou força por meio de um grupo de WhatsApp, que se tornou um espaço de discussão. Pela rede social, os coordenadores marcaram o evento e pediram ao deputado Rodrigo Pacheco que não antecipasse sua saída do partido, pois ainda acreditam que poderão reverter o quadro.

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Vai esperar

Rodrigo Pacheco, em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora, disse que levará a discussão até o último momento, que pode ser o dia 17, quando pretende, então, tomar uma decisão. Ele passou a sexta-feira em Juiz de Fora, para participar da Conferência de Advocacia, na qual faria palestra, e para receber o título de Cidadão Honorário de Juiz de Fora. A homenagem estava programada para quinta-feira, mas, como não havia teto no aeroporto, o deputado veio de carro, e acabou ficando retido na estrada em função de um acidente, só chegando à cidade na manhã do dia seguinte.

Perto do DEM

Ainda na entrevista à CBN, o deputado emedebista admitiu que, apesar de toda resistência, há tendência de vitória da ala que pretende se aliar, de novo, ao Partido dos Trabalhadores. Mas acentuou que haverá dissidências, pois nem todos querem essa articulação. Sua ida para o DEM significará, segundo ele, a implantação de um movimento de oposição que vai além do partido, devendo englobar outros setores que discordam do modelo petista de governador. O parlamentar repetiu o mantra da oposição pelo qual o Governo não tem condições de recuperar as finanças do Estado.

Dando pistas

O futuro político do prefeito Bruno Siqueira deve ser decidido no fim do mês, quando ele dirá se vai ou não continuar à frente da Prefeitura para cumprir integralmente o seu segundo mandato, mas a banca de apostas está em pleno curso. Um considerável setor admite que, diante de tantas incertezas no estado do pouco tempo de campanha eleitoral, o mais provável é que ele fique, mas outro segmento trabalha com pistas. Para este, o prefeito não estaria antecipando inaugurações importantes como o Teatro Paschoal Carlos Magno e a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) se não tivesse a intenção de deixar o Governo no dia 7 de abril, quando termina o prazo de desincompatibilização.

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Paulo Cesar Magella

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