Femínicídios continuam em alta no Estado

Por Paulo Cesar Magella

09/08/2019 às 19h00 - Atualizada 09/08/2019 às 18h14

Apesar das comemorações em torno da queda dos índices de violência no Estado, o mesmo não se pode dizer sobre os feminicídios. De acordo com o Atlas da Violência Doméstica, apesar de a Lei que trata do assunto ser recente, os dados de 2017 já registram aumento nas taxas. Em debate na Assembleia Legislativa, a pesquisadora do Ipea, Krislane de Andrade Matias afirmou que houve crescimento de mulheres mortas por armas de fogo de 28% dentro na residência e 6% fora, de 2016 para 2017.

Tema está na pauta há 30 anos

Em seu depoimento, registrado pela assessoria de imprensa da Assembleia, a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher, da UFJF, Marlise Miriam de Matos Almeida, advertiu que “estamos no mínimo há 30 anos falando a mesma coisa e nada acontece. Não somos escutadas. Enquanto não tivermos democracia nas relações cotidianas de gênero, não teremos relações igualitárias em nenhum nível. A violência vem dessas relações hierárquicas cotidianas”.

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Belo Horizonte tem o maior número de casos

Ainda no debate, o superintendente de Inteligência e Informações Policiais da Polícia Civil de Minas Gerais, Ivan José Lopes, disse que em Minas Gerais, comparando o primeiro semestre desse ano com o do ano passado, houve aumento de 8,6% nos casos de feminicídio, sendo Belo Horizonte a cidade mais violenta em números absolutos, com Contagem em segundo lugar.

Paulo Cesar Magella

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