Relatório do Tesouro mostra situação crítica de Minas

Por Paulo Cesar Magella

07/06/2019 às 13h12 - Atualizada 07/06/2019 às 13h15

O Governo de Minas deve encaminhar à Assembleia, até o fim do mês, o pacote de medidas que deverão ser tomadas para o ingresso no Plano de Recuperação Fiscal implantado pela equipe econômica para salvar os estados mais envidados. Minas está mal na fita. Um relatório elaborado pelo Tesouro Nacional diz que “os déficits orçamentários foram recorrentes, acumulando o valor de R$ 36,2 bilhões entre 2014 e 2018. Somente em 2018 houve déficit de R$ 11,2 bilhões”. O documento indica, ainda, que os aumentos salariais tiveram peso expressivo no impasse econômico. “Assim como outros Estados da Federação, os gastos com pessoal apresentaram crescimento expressivo nos últimos anos. De acordo com os números do Programa de Recuperação e Ajuste Fiscal apurados pelo Tesouro,a relação da despesa de pessoal com a RCL saiu de 68% em 2014 para 79% em 2017, resultado de um aumento de quase R$ 13 bilhões nos gastos em apenas quatro anos”.

Privatizações estão na agenda

O Plano de Recuperação implica em privatização de ativos importantes do Estado, como a Cemig e a Codemig. Em entrevista, o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, destacou que “as recomendações” da Secretaria do Tesouro são importantes, mas o Estado não está obrigado, necessariamente a segui-las. “Estamos avaliando, mas Assembleia será a primeira a ser informada dos planos da gestão Zema. “Não será um remédio amargo e sim necessário ante a situação do Estado. As privatizações estão avaliadas. É bom lembrar que o governador foi eleito com essa pauta e a Lei Complementar 159 prevê privatizações” destacou.

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