Tucanos discutem futuro do partido

Por Paulo Cesar Magella

04/11/2018 às 07h00 - Atualizada 03/11/2018 às 17h56

Futuro tucano

A desidratação que tirou o PSDB do grupo dos grandes partidos no Congresso Nacional irá provocar um debate, ainda em novembro, envolvendo suas principais lideranças, para definir os rumos a seguir. Um dos pontos na agenda é o papel a ser desempenhado pelo governador eleito de São Paulo, João Doria, que antes mesmo das eleições já agia como um dissidente, apoiando Geraldo Alckmin, seu colega tucano, sem o mesmo entusiasmo que mostrou no segundo turno com Jair Bolsonaro, do PSL. Já se fala no “dorismo”, que seria um movimento apartado do discurso tucano e pronto para aposentar algumas lideranças, como o próprio Alckmin. Doria, provavelmente, vai querer influenciar na Executiva nacional em função de ser o governador do estado mais poderoso do país. Conta a seu favor a fragilidade dos antigos cardeais. O senador Aécio Neves conseguiu um mandato na Câmara, mas sua performance nas urnas e a derrota fragorosa do PSDB no segundo turno mineiro indicam que já não é mais um player nacional.

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Só depois

Mas a derrota não repercute apenas na instância federal. Em Juiz de Fora, o partido também deverá passar por uma discussão uma vez que seu principal representante em Brasília, deputado Marcus Pestana, não teve o mandato renovado. O vereador Rodrigo Mattos, mesmo estando no PHS, mantém-se influente no ninho tucano, mas também não se elegeu deputado federal, tendo mandato de vereador até 2020. Formalmente, o único sobrevivente é o prefeito Antônio Almas, que, por enquanto, não tem planos de entrar nesse debate em função da prioridade administrativa. Ele, dizem os mais próximos, já tem problemas demais para resolver e não é, portanto, o momento de entrar em mais uma bola dividida. O fará no seu devido tempo.

Dilemas da comunicação

Começa nesta segunda-feira (5) na Câmara Municipal a Semana Municipal de Comunicação Social Professor Márcio Guerra, por iniciativa do vereador Wanderson Castelar. A abertura ocorrerá às 19h, mas os primeiros debates estão previstos para o dia 7 com a presença do ex-ministro Ricardo Berzoini e da jornalista Marise Baesso, da Tribuna. Em pauta, a “Regulação da mídia: censura ou necessidade?”. No mesmo dia, no Campus do CES, às 19h, a discussão será “Internet: terra sem lei?”, mediada pelo próprio professor Márcio Guerra com a participação de Berzoini e dos professores Lúcia Schmidt e Tarcísio Dalpra Júnior.

Fake news em pauta

O ciclo de eventos prossegue no dia 8, às 17h, na Câmara, com o painel “Os desafios que as fake news impõem ao jornalismo e à política”, com participação dos professores Gilze Bara e Ricardo Assis. No mesmo dia, só que às 19h, o debate vai abordar o tema “Comunicação e igualdade de gênero: por um jornalismo mais inclusivo”, ministrado por Aline Avelar e Gabriel Martins. O ciclo termina no dia 9 com a palestra “Comunicação pública e cidadania”, com participação dos jornalistas Luiz Felipe Falcão, Ricardo Miranda e Maressa de Souza, às 15h, no plenário do Legislativo.

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