Almas não se surpreende com avaliação baixa em pesquisa, mas vai agir

Por Paulo Cesar Magella

04/09/2019 às 21h00 - Atualizada 04/09/2019 às 19h49

Os números do Instituto Paraná que deram uma rejeição de 58,8% ao prefeito Antônio Almas são altos, mas não surpreenderam. O próprio prefeito admite que a rejeição – sem entrar no mérito dos números – já era esperada. “Temos que ser bastante realistas. Tenho um ano e quatro meses de Governo, assumi na pior fase da crise econômica , com o Estado sem repassar recursos, e vivendo esse infortúnio. Ainda assim, conseguimos levar sem grande dificuldade com o funcionalismo, a não ser o 13º salário, que foi pago em duas parcelas, mas com as datas definidas cumpridas religiosamente”. Segundo Almas, o cenário eleitoral está muito precoce. Tem muito jogo a ser jogado. Estamos nos primeiros minutos do primeiro tempo.

Custos com ações judiciais compromete o sistema

O prefeito Antônio Almas, médico há 37 anos, atribui seu desgaste a duas agendas: saúde e zeladoria. No caso da saúde, na sua avaliação, será sempre um drama para todo mundo, pois quanto mais serviços são prestados maior a demanda. Considera a judicialização um problema, pois recebe mandados de compra de remédio com grande frequência. Horas antes da entrevista, tinha recebido uma intimação para comprar um medicamento que custa R$ 36 mil. “Sei que ele é importante para esse cidadão, mas esse dinheiro vai sair do Fundo Municipal, no qual já temos grandes dificuldades”, pontuou.

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Saneamento da Empav pode resolver parte da zeladoria

O prefeito está consciente de que  um dos problemas é a falta de operações sistemáticas de tapa-buraco. “Isso tem relação direta com a Empav, empresa que todo mundo sabe que tem um passivo descoberto de R$ 22 milhões. Esse passivo está relacionado com a folha de pagamento alta e prestação de serviço aquém do que é desejado. Estamos saneando a Empresa. Espero economizar mais de R$ 1,5 milhão com essas medidas. Esse dinheiro vai para a zeladoria”, prometeu.

Medidas amargas serão tomadas

Antônio Almas admitiu que terá que tomar medidas amargas para sanear a Prefeitura, mas considera que sua avaliação deve mudar com as ações que pretende implementar. “Eu vejo com muita tranquilidade a situação. Vamos apresentar muita coisa nos próximos meses a respeito da gestão da Prefeitura. Estamos encarando todos os problemas de frente. Não tenho a preocupação maior de dar resposta com o objetivo de boa avaliação. Se não for um candidato competitivo, eu quero, obrigatoriamente, tomar decisões que garantam uma governança muito melhor para o próximo prefeito. Isso significa dar remédio amargo. Não é nada simples. Mandar pessoas embora, mas terei que fazer isso”, finalizou.

Paulo Cesar Magella

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