Sucessão em Minas
Sucesso não basta
O surgimento de candidaturas outsiders, como foi mostrado neste Painel no sábado, é uma ação, na maioria das vezes, individual, sem respaldo partidário, salvo exceções. Por isso, a despeito de serem bem-sucedidos em seus negócios, muitos desses personagens desconhecem o rito político que não se esgota apenas no sucesso. Casos como de João Doria, em São Paulo, e Alexandre Kalil, em Belo Horizonte, são resultado não apenas da competência, mas também da projeção que ambos já tinham. O primeiro é um apresentador de programas na TV, enquanto o mineiro, a despeito de ser polêmico, foi presidente do Atlético Mineiro, que tem uma das maiores torcidas do país, especialmente em Belo Horizonte.
Meia-boca
Para analistas da própria capital, há outros componentes, como tempo de campanha e o modelo que sairá da reforma política. Em 45 dias – tempo de propaganda eleitoral -, dificilmente se forja uma imagem, sendo, pois, o primeiro impedimento para esses pré-candidatos. O segundo está no Congresso. Pelo andar da carruagem, tudo indica que os deputados estão montando uma reforma política pela qual eles sejam beneficiados, mantendo seus mandatos sob as mesmas regras de hoje.
Não à violência
O vereador Antônio Aguiar (PMDB) quer, por meio de projeto de lei, criar o Dia Municipal de Ênfase Contra o Abuso e a Violência. Ele apresentou a proposta com a finalidade de auxiliar na ampliação do combate e prevenção à violência, especificamente contra as crianças, mulheres e pessoas idosas. Ele definiu o quarto sábado de agosto para marcar a data. A campanha teria a participação de órgãos e entidades afins, entidades religiosas, empresas privadas e sociedade civil.
Elege quem?
Os analistas políticos, na tentativa de justificar a baixa mobilização contra a corrupção – ao avaliar as manifestações da sexta-feira passada -, consideram que a falta de referência política está afetando diretamente o debate. A indagação recorrente é: tira o Temer, mas elege quem? Com os principais players envolvidos na Lava Jato, o entendimento é de que a melhor saída é esperar outubro de 2018. Pelo menos até lá, argumentam, a economia já terá se descolado totalmente da política.