Futuro político de Bruno Siqueira ainda não foi definido

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03/04/2018 às 07h00 - Atualizada 03/04/2018 às 07h32

Ainda não foi com o feriado de Semana Santa que o prefeito Bruno Siqueira tomou uma decisão sobre o seu futuro político. Ele admitiu que avaliou bastante o tema nos últimos dias, mas revelou que terá muitas conversas em Belo Horizonte até sexta-feira, uma vez que o prazo de desincompatibilização se esgota no sábado, dia 7 de abril. Como o Painel antecipou, Bruno mandou fazer pesquisas para saber a opinião do eleitor sobre uma possível saída do Governo com pouco mais de dois anos no segundo mandato. Não revelou o resultado, mas antecipou que seu governo está muito bem avaliado. O peso que essa questão terá na sua decisão ele não disse.

Hora de sair

Como nenhum secretário municipal tem pretensões de disputar as eleições deste ano, a Prefeitura não terá demandas com a desincompatibilização. Mudanças só num eventual Governo Antônio Almas – com a saída de Bruno Siqueira – ou com o próprio prefeito, se resolver concluir o seu mandato. O mesmo não ocorre no Estado. O secretário de Governo, Odair Cunha, vai se afastar do cargo para atuar como coordenador da campanha de reeleição do governador Fernando Pimentel. O secretário de Ciência e Tecnologia, Miguel Corrêa, também sai, mas, em vez de buscar a reeleição como deputado federal, vai disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Quem tentará a Câmara é Pedro Leitão, da Agricultura.

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A semana terá várias definições, mas ainda é incerto o cenário de composições. Este só começa a ser definido após a consolidação do processo de desligamento de secretários e de filiações partidárias, cujos prazos se encerram no próximo sábado. Só a partir daí é que as conversas serão em torno de alianças. Nessa segunda-feira, o deputado Rodrigo Pacheco tinha na pauta dirigir a primeira reunião do DEM, agora sob seu comando. Por enquanto, ele não dá pistas de que vai desistir da candidatura própria para aliar-se ao projeto do senador Antonio Anastasia, PSDB. O ex-deputado Dinis Pinheiro, embora haja sinais, também não disse se irá para o palanque tucano. Por enquanto, é candidato a governador.

Terceira via

Os observadores políticos consideram que a resistência de alguns pré-candidatos faz parte do enredo, uma vez que ceder ao primeiro apelo é sinal de fraqueza. Quando se estica a corda, é possível fazer uma negociação mais vantajosa. Por isso, tucanos e petistas, que de novo voltam a polarizar as eleições, só agora começam a fechar o cerco em torno dos partidos para conquistar aliados. Nesse aspecto, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda é o que menos fala. Seus correligionários apostam que ele é o nome que deve capitalizar o descontentamento dos eleitores com a dobradinha PT/PSDB, que pode, de novo, dividir a disputa no estado. Como terceira via, Lacerda só tem uma preocupação: ter aliados.

Contra e a favor

Juiz de Fora deve sediar dois atos nesta terça-feira (2) que terão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como tema central. Com convites públicos feitos pelo Facebook, os dois eventos estão agendados para o fim da tarde, às 17h. Organizado pelo diretório municipal do PT, defensores de Lula devem se concentrar em frente à Câmara, no Parque Halfeld, e protestam contra a possibilidade de prisão do ex-presidente, após a condenação em segunda instância no caso do triplex. Já na Praça Jarbas de Lery Santos, no São Mateus, adversários do petista devem se mobilizar para pleitear exatamente o contrário: o encarceramento de Lula.

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Paulo Cesar Magella

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