Julgamento de Lula adia vinda de Cármen Lúcia a Juiz de Fora

Por Paulo Cesar Magella

02/09/2018 às 07h00 - Atualizada 01/09/2018 às 16h54

Ministra avisou

A ministra Cármen Lúcia deu o primeiro sinal de que não viria a Juiz de Fora, para o encerramento do seminário sobre os 30 anos da Constituição organizado pela 4ª Subseção da OAB, por volta do meio-dia. Segundo ela, como o TSE tinha pautado o julgamento do registro do ex-presidente Lula para o mesmo dia, achava temerário sair de Brasília, mesmo não fazendo parte do processo que estava na instância da Justiça Eleitoral. Por volta de 15h40, ela deu o veredicto: não dava para sair da capital, pois temia algum recurso extraordinário que pudesse ser impetrado no STF. Ela garantiu aos organizadores, porém, que em breve irá agendar sua palestra “Direitos fundamentais e separação de poderes”, pois faz questão de cumprir o compromisso marcado desde o mês passado com a Ordem.

Lula no ar

Mesmo com sua candidatura à Presidência impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral, numa votação de seis a um que só terminou na madrugada de sábado, o ex-presidente Lula participou da programação matinal das emissoras de rádio, no programa eleitoral que foi ao ar às 7h. Como a decisão do TSE atrasou, não houve tempo de mudar a grade. Pela sentença, além de ficar fora do pleito, Lula não pode participar dos programas e, muito menos, das inserções que vão ocorrer nas programações do rádio e da televisão até a antevéspera do pleito.

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Data em aberto

Pelo menos três datas podem ser utilizadas pela candidata Marina Silva para sua visita a Juiz de Fora, mas a articulação depende do candidato ao Governo, João Batista Mares Guia, para facilitar a agenda de ambos. No sábado (1°), militantes da Rede se encontraram e definiram uma série de ações durante o período de campanha. De acordo com dirigentes, provavelmente até quarta-feira o dia da visita deve ser fechado.

Candidato fora do ar

O deputado Miguel Corrêa (PT) não teve sua propaganda apresentada no primeiro dia do horário eleitoral no rádio e na televisão, mas dirigentes do Partido dos Trabalhadores asseguram que não houve qualquer censura pelo fato de sua candidatura estar sendo investigada. O parlamentar é suspeito de crime eleitoral no uso de mídias digitais. A presidente do diretório estadual, Cida de Jesus, garantiu que foi apenas um erro técnico na produtora do programa. Segundo ela, não há qualquer risco de retirada da candidatura de Corrêa, mas há ruídos entre ele e a também candidata ao Senado, Dilma Rousseff. Os rumores são de que ela tenta tirar o deputado da disputa.

Paulo Cesar Magella

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