Painel 02-08-16

Por Paulo Cesar Magella

02/08/2016 às 08h11 - Atualizada 02/08/2016 às 08h11

Pelo consenso
O PSDB resolveu sem disputa a indicação de seu candidato a vice na chapa do prefeito Bruno Siqueira. Momentos antes da reunião da Executiva, o pré-candidato Ronaldo Nazareth anunciou sua desistência, quebrando, assim, a tensão que envolvia o partido, prestes a fazer uma escolha sob o clima de divisão. Até chegar a essa decisão, ele conversou com vários interlocutores e já sabia, desde cedo, que a sessão seria marcada por plateia e até mesmo cartazes indicando a candidatura do médico Antônio Almas. Mas outros fatores pesaram. A solução de consenso foi negociada desde a última sexta-feira e passou, inclusive, pela indicação de que Ronaldo, a despeito de não ser o escolhido, não seria um quadro colocado à margem. Ao contrário, será uma das peças que a legenda conta não apenas para próximas jornadas mas também para composição de um eventual secretariado. A solução agradou também ao PMDB, que agora parte para a campanha sem divisões no meio aliado.

Olho na Câmara
O cenário municipal começa a se consolidar, mas ainda faltam algumas peças no tabuleiro político da sucessão, mais por conta das chapas proporcionais do que dos entendimentos majoritários. Para estes, restam apenas as definições em torno do vice de Noraldino Júnior e as candidaturas de Eduardo Lucas (PPS) e Wadson Ribeiro (PCdoB). O primeiro estava na dependência de um entendimento entre sua legenda e o PDT, fato que avançou nas últimas horas. Seus principais dirigentes, Antônio Jorge Marques e Vítor Valverde, estão convencidos de que é melhor caminharem juntos do que separados em torno de outros nomes. Com isso, o projeto Lucas volta a ganhar consistência.

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Ainda não
O deputado Márcio Santiago, do PR, voltou a dizer que está conversando com todo mundo, mas sem definir apoio a este ou àquele postulante. “Nossa decisão só será conhecida no dia de nossa convenção”, antecipou. Mesmo assim, ele está sendo chamado a ouvir diversas considerações de outros atores políticos, alguns deles colegas de Assembleia. O PR tem tempo na TV, mas seus dirigentes estão preocupados com a chapa de vereador. Uma possível coligação caminha pela trilha da necessidade. Não adianta ter uma chapa pura se esta não alcançar o quociente eleitoral. E nem obtê-lo se seu candidato mais votado não chegar aos 10% exigidos pela nova legislação.

Um entre três
Embora não possa indicar nomes para disputar uma vaga na Câmara ou na Prefeitura, pois o registro da legenda só saiu depois de encerrados os prazos definidos pela Lei Eleitoral, a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, está disposta a fazer coligações em Juiz de Fora. A decisão sairá hoje, durante convenção do partido. Até ontem à tarde, os dirigentes trabalhavam com a possibilidade de apoio a uma de três candidaturas: do PSB, de Wilson da Rezato; do PSD, encabeçado pelo deputado Lafayette Andrada, ou o PCdoB, de Wadson Ribeiro. A escolha vai ser anunciada na convenção. Os dirigentes admitiram, porém, que conversaram com pelo menos cinco candidatos a prefeito.

Gabriela Gervason

Gabriela Gervason

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