Painel 02-05-17

Por Paulo Cesar Magella

02/05/2017 às 07h00 - Atualizada 01/05/2017 às 15h18

Danos colaterais

As delações premiadas dos executivos da Andrade Gutierrez, que deverão ser refeitas, terão forte impacto entre os tucanos, especialmente o senador Aécio Neves. Elas vão abordar as relações com a Cemig e com a obra da Cidade Administrativa. O impacto também chegará a São Paulo, alcançando o governador Geraldo Alckmin. No caso mineiro, os danos colaterais devem mudar a listagem de candidatos em 2018. Aécio, como abordou domingo em sua coluna em “O Globo” o jornalista Lauro Jardim, pode não concorrer nem mesmo ao Senado, tentando a opção segura de volta à Câmara dos Deputados.

 

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Tema na mesa

As informações do jornalista são impactantes, mas não chegam a surpreender. Nos corredores de Belo Horizonte, a possibilidade de Aécio tentar o mandato de deputado federal já vem sendo avaliada há algum tempo, uma vez que, mesmo com duas vagas em aberto para o Senado, ele passa por forte desgaste. Por isso, os empresários e líderes políticos já começam a prospectar novos nomes, inclusive no interior, para recompor o cenário mineiro.

 

Jogo de poder

O nome do prefeito Bruno Siqueira seria um desses atores, e sua inserção na lista da Odebrecht, há cerca de duas semanas, soou estranha em alguns gabinetes, pois não há algo diretamente que o ligue ao tipo de financiamento a ser cobrado pela Lava Jato. Ele pediu financiamento quando era permitido, e não há indício de qualquer contrapartida. A repetição com que o fato repercute em alguns canais da capital, inclusive da mídia, soa como tentativa de esvaziamento de uma possível ascensão do prefeito no processo eleitoral de 2018.

 

Polarização

O último Datafolha colocará mais lenha na fogueira no ninho tucano, pois nem Aécio nem Alckmin têm boa performance, sendo batidos, inclusive, pelo deputado Jair Bolsonaro (PP), visto como nome afeito ao meio conservador. Quanto a Lula liderando a pesquisa com 30%, os críticos dizem que bateu no teto. Os apoiadores apontam que o efeito teflon funciona, pois, diante de tanto fogo cruzado, ele continua crescendo. O problema está na rejeição, que é fator decisivo no segundo turno. Este é o ponto a ser trabalhado.

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Guilherme Arêas

Guilherme Arêas

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