Associação dos Municípios Mineiros vai à Justiça

Por Paulo Cesar Magella

01/11/2018 às 07h00 - Atualizada 01/11/2018 às 09h05

Ação na Justiça

A Associação dos Municípios Mineiros (AMM) está buscando todas as formas para cobrar do Estado os repasses devidos aos municípios, ora retidos, que comprometem a folha de pagamento das prefeituras, especialmente na execução do 13º salário dos servidores. Sua mais recente movimentação foi recorrer à figura do Amicus Curare, contemplada no Código de Processo Civil. Por definição, trata-se da expressão latina “amigo da corte”, ou seja, “é a pessoa ou entidade estranha à causa, que vem auxiliar o tribunal, provocada ou voluntariamente, oferecendo esclarecimentos sobre questões essenciais ao processo”. A ação foi ajuizada contra o Estado de Minas Gerais, a secretaria de Estado de Fazenda e o Comitê de Acompanhamento de Fluxo Financeiro do Governo mineiro no Supremo Tribunal Federal. No texto, foi enfatizada a obrigatoriedade do repasse de 25% da arrecadação de ICMS aos municípios, e que o Estado de Minas Gerais se encontra em “mora recorrente” em seu dever constitucional de fazer o repasse na data prevista em lei, ou seja, o Estado não está cumprindo as normas da lei.

Velha demanda

No mesmo documento, a AMM destacou que já denunciou o ocorrido por diversas vezes e está estimulando o ajuizamento de ações pelos municípios no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). A ADO foi distribuída ao ministro Luís Roberto Barroso, mas a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, durante o plantão judiciário, requisitou informações às autoridades envolvidas, em razão do pedido de liminar. A associação insiste na necessidade dos pagamentos e adverte que a sua não consecução fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. O Governo de Minas ainda não se manifestou no caso.

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Candidato avulso

No último dia de reuniões ordinárias de outubro, estava previsto para chegar às comissões técnicas da Câmara um projeto de lei do vereador Roberto Cupolillo (Betão) estabelecendo a figura da candidatura avulsa aos postos da Mesa Diretora. Com isso, não haveria necessidade de vínculo a alguma chapa para disputar. O representante petista tem essa preocupação desde o seu mandato de vereador. Poderá levar a ideia também para a Assembleia, a partir do ano que vem, quando vai assumir uma cadeira de deputado estadual.

Charlles em Brasília

O vereador Charlles Evangelista, eleito deputado federal pelo PSL, já começa a ser chamado para desempenhar funções em Brasília. Ele recebeu ligação do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, para tratar das articulações do partido no Congresso. O encontro será na semana que vem e terá na pauta, também, a liderança do partido na Câmara, a presidência do Legislativo e a formação da base para o presidente eleito, Jair Bolsonaro, governar.

Paulo Cesar Magella

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