Lula define perfil de pesquisa pré-eleitoral

Por Paulo Cesar Magella

01/07/2018 às 07h00 - Atualizada 30/06/2018 às 14h57

Lula e o Ibope

Os números do Ibope/CNI, divulgados na última quinta-feira apontando a liderança do ex-presidente Lula nas eleições de outubro e a mudança completa de panorama sem a sua presença na lista, reafirmam, de acordo com o cientista político Paulo Roberto Figueira Leal, “a resiliência eleitoral de Lula, que, mesmo preso, continua sendo a peça central na dinâmica de 2018 (seja como candidato, seja apoiando outro nome e buscando transferir votos); Bolsonaro se encontra num patamar alto (mas sem dar continuidade às curvas de crescimento que apresentou, por exemplo, no ano passado); Marina tem recall das duas campanhas passadas (mas pode ter dificuldades com pouco tempo de TV e falta de estrutura partidária); Ciro tem potencial de crescimento (sobretudo num cenário sem Lula); e o PSDB, com Alckmin, amarga o pior resultado para um candidato tucano desde 1989”.

Paga o preço

Ainda de acordo com o professor Paulo Roberto, “parece claro que os partidos que foram os pilares da deposição de Dilma – PSDB e MDB – pagam o preço da altíssima impopularidade do Governo Temer e das impopulares políticas que foram implementadas por ele, com suporte desses partidos. O PSDB parece ter perdido para Bolsonaro a fração mais à direita de seu eleitorado e não tem sido capaz de avançar em outros segmentos”.

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Sem candidato

Ele destaca, ainda, que “é curioso observar que, num cenário em que Dilma tivesse continuado na Presidência, hoje o PSDB tenderia a apresentar-se em condições eleitorais mais competitivas. O autoproclamado ‘centro democrático reformista’ – eufemismo para partidos cujas ideias são claramente de centro-direita e direita – continua sem candidato competitivo até o momento”.

‘Enxuga jato’

O ex-deputado Paulo Delgado está convencido de que o ministro do STF Edson Fachin, a despeito de todas as suas decisões e do seu isolamento na segunda turma do Supremo Tribunal Federal, está atuando contra a operação Lava Jato. “O Brasil não tem jeito, o Fachin criou a enxuga jato. Ele finge que perde, mas está destruindo a Lava Jato.” No entendimento de Delgado, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, há uma forte pressão para que o ex-presidente Lula se torne competitivo, mas ele tem dúvida do sucesso dessa articulação.

Mais cedo

O jogo do Brasil contra o México, às 11h desta segunda-feira, também vai mudar a rotina da Câmara Municipal. A sessão ordinária, normalmente à tarde, vai começar às 8h, devendo terminar por volta de 10h. Os servidores públicos estaduais, por decisão do Governo, terão ponto facultativo. Os serviços públicos municipais também adotarão o mesmo expediente, mas a Prefeitura definiu, no Diário Oficial, que os serviços essenciais terão expediente.

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Paulo Cesar Magella

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