Desafio do patrimônio

Por Leandro Mazzini

10/08/2022 às 07h00 - Atualizada 09/08/2022 às 20h40

Três candidatos à Presidência da República tiveram um incremento considerável de patrimônio desde a última eleição que disputaram um cargo: Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Os presidenciáveis já começaram a declarar os valores dos seus patrimônios para o Tribunal Superior Eleitoral, como de praxe no início de campanha. Nas eleições de 2006, Lula listou 16 bens com valor de R$ 839.033,52. Esta semana, listou 23 bens que, somados, chegam a R$ 7.423.725,78. Em 2018, na disputa presidencial, Ciro listou 14 bens num total de R$1.695.203,15; agora são 17 bens que chegam a R$3.039.761,97. E Tebet, que disputou o Senado em 2014, enumerou 16 bens ao valor de R$ 1.575.566,39; este ano caiu para 14 bens, porém com valor maior, de R$ 2.323.735,38. Dentre os concorrentes, até o momento, o mais rico é Felipe D’avila (Novo), com R$ 24.619.627,66 declarados.

Resumo da semana

Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot, que trabalharam para enquadrar larápios de verbas públicas, foram condenados a devolver mais de R$ 1 milhão em diárias pelo TCU – um tribunal administrativo cheio de políticos apadrinhados por gente do Congresso investigada na Lava Jato. E o paquistanês Wasim Malik, que saiu de casa para beber e dirigir, conforme provas, matou um motociclista em alta velocidade atravessando um sinal vermelho, e deixou outro gravemente ferido, foi solto, sob fiança de R$ 70 mil, pelo juiz Valter André Bueno Araújo sob presença do promotor Rogério Shimura. E será indiciado por homicídio culposo – quando não há intenção…

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O novo eleitor

O número de eleitores com mais de 70 anos, do grupo do voto facultativo, passou de 12 milhões para 14 milhões de pessoas em 2022, revelam dados da Baselab com números do TSE – aumento de 24% em relação à eleição de 2018. Como noticiado pela Coluna, essa evolução também aconteceu com os eleitores entre 16 e 17 anos que, no mesmo período, foram de 1,4 milhão para mais de 2 milhões.

De novo, Sistema $

Funcionários do Sesc-DF foram surpreendidos com a troca de plano de saúde três dias antes do novo contrato entrar a vigorar, semana passada. Pior que isso, o novo plano é no modelo de coparticipação – pelo qual o beneficiário paga taxas extras de consultas e exames além da mensalidade, ao contrário do anterior. E o valor pago pela entidade subiu, muito. A projeção orçamentária pulou de R$ 17,3 milhões para R$ 28,5 milhões. O Sesc-DF informa que fechou contrato com Smile depois de duas licitações frustradas. “O contrato com a antiga empresa, a Medhealth, foi feito de forma emergencial pela gestão compartilhada e é objeto de auditoria.” E garante que o valor não subiu para o funcionário, e sim houve “reajuste de 15,5%, autorizado pela ANS”.

Caminhos do 5G

Veja como o fim das restrições da pandemia de Covid-19 ajudaram o 5G a avançar no Brasil: 90 toneladas de conversores de sinal 3G/5G foram transportados da China para o Brasil num cargueiro Boeing 777, fretado pela Asia Shipping. A carga saiu da província de Shenzhen para Hong Kong, via caminhão, de onde decolou para São Paulo.

Raio-x imobiliário

O mercado imobiliário do DF, um tipo de raio-x do setor no Brasil, registrou desempenho positivo no mês de junho, encerrando o 1º semestre com bons índices de venda de imóveis residenciais. Dados da pesquisa Índice de Velocidade de Vendas, da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário, mostram que em junho foi registrado IVV de 7,2% e a comercialização de 343 imóveis novos.

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Leandro Mazzini

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