Peso da culpa
O União Brasil e o Governo inteiro já têm a quem culpar pela sucessão de encrencas na ficha do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que balança no cargo: o padrinho é o senador Davi Alcolumbre (UB-AP). Expoentes do PT têm lembrado aos ministros palacianos que a chance dada pelo presidente Lula a Alcolumbre daria B.O.
Vale quanto?
Fazendeiros que leram aqui a nota sobre o projeto da Vale de criar um parque eco num cinturão verde em Brumadinho (MG) reclamam que a mineradora subvaloriza a oferta pelas terras. Na praça, hoje, 1 hectare (10.000 m2) é negociado a R$ 300 mil naquela região, rica em fontes e vegetação. A Vale oferece menos que a metade disso. A região é valorizada por ter muitas chácaras e ser próxima de BH.
O Consultor
Mais longevo inquilino da Lava Jato na cadeia, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral saiu cheio de projetos da cela. Quer ser consultor de comunicação e marketing – e já existem grandes empresários interessados nos serviços, discretamente. A despeito da ficha corrida, Cabral ajudou muita, muita gente nestes anos todos, em diferentes segmentos. Não só na política – onde a maioria vira as costas para ex-presidiários – e tem o respeito de uma classe alta abastada e que abre portas.
Apoio jurídico
A ala bolsonarista que sobreviveu às urnas na Câmara dos Deputados já tem point em Brasília. Um grupo a priori de 30 tem se reunido na casa da advogada Karina Kufa no Lago Sul. Primeira advogada do então deputado Jair Bolsonaro, Kufa conquistou o clã e um séquito de parlamentares após ganhar ações no TRE e TSE para o ex-presidente.
Pacato cidadão
Comissários da Azul Linhas Aéreas tiveram trabalho ontem para convencer um pacato senhorzinho a alterar seu assento da janela no corredor da saída de emergência. A regra da ANAC proíbe maiores de 60 anos de viajar neste corredor. O passageiro da poltrona 14 A no voo 2780 BH-Brasilia era o deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), 71 anos, ex-ministro do Bolsa Família de Lula I. Após alguns pedidos, ele aceitou trocar de lugar.
Brasília-Caracas
A reativação das relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela, determinada pelo presidente Lula da Silva logo no 1° dia de Governo animou grandes empresários brasileiros. Já se articula o envio de uma missão comercial a Caracas a fim de explorar as possibilidades de negócios que se anunciam. O comércio bilateral já alcançou a marca de US$ 6 bilhões anuais. No Governo Bolsonaro, por questões ideológicas (dos dois lados!) caiu para menos de US$ 1 bilhão.