Fazer o bem para mudar o mundo

Por Cesar Romero

31/12/2017 às 07h30 - Atualizada 29/12/2017 às 21h09

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Fala Quem Sabe

Fazer o bem para mudar o mundo

Sempre é preciso fazer reflexões na virada de um ano. Refletir, planejar e sonhar são ações comuns nessa época. Precisamos lembrar que é possível deixar esse mundo melhor do que o encontramos. É possível incluir o bem e o cuidado em nossos planos. É preciso que o cuidado esteja em tudo que fizermos. Cuidar é ter sempre benevolência com a vida, com a sociedade em que vivemos, com as pessoas que convivemos e com a Terra que habitamos. Cuidar é fazer o bem. É deixar fluir nossa capacidade de sentir compaixão pelo outro, é perceber os que sofrem, os que clamam por uma sociedade menos desigual , os que deixaram seus países em busca de paz em outras terras, é buscar mais cordialidade, gentileza, ternura e afeto.

Para fazer o bem não precisamos esperar grandes oportunidades, não é necessário concluir lindos projetos ou alcançar grandes feitos. Para fazer o bem basta o desejo de começar, do jeito que for possível e da forma que pudermos. É possível começarmos com as pequenas gentilezas do dia a dia, os micro bens. Fazer feliz aos que estão a nossa volta, amar tudo o que nos cerca, mas sem esquecer de cuidar dos que precisam do nosso olhar solidário. Sempre podemos fazer alguma coisa … é importante tentarmos fazer com alegria e obedecermos a lógica do coração que é fazer com amor. Deixemos fluir a nossa capacidade de nos emocionar, de nos envolver e de nos afetar.

Fazer o bem está em nossa essência, fazer o bem é contagiar o mundo com gestos grandes e pequenos de amor puro e verdadeiro. Embora nossos pés estejam firmes no chão temos a nossa mente ancorada no céu. Temos o céu dentro de nós.

Deixemos esse encanto falar mais alto. O bem precisa de espaço. Vamos ocupar o nosso espaço do bem.
Como diz Santo Orione: “fazer o bem sempre a todo mundo, o mal nunca a ninguém…” Feliz 2018.

(Nely Falabella é voluntária da Aban e leitora convidada)

 

Papo de domingo

José Lopes Filho

Aos 101 anos, ele ainda luta para moralizar a política

Aniversariante deste 1° de janeiro, quando completa 101 anos, José Lopes Filho é mineiro de Prados, mas mora em Juiz de Fora há 60 anos, sempre em São Mateus, depois de ter viajado por todo o país como coletor público. Em 1991, aos 74 anos de idade, e “inconformado com a política atrasada dos coronéis e a exploração do eleitorado analfabeto”, ele resolveu criar o Movimento Popular Pró Moralização no Poder Legislativo. Com a iniciativa, o filho da professora Francisca de Assis Lopes e do jornalista José Lopes Sobrinho ganhou notoriedade em todo o país. Escreveu e continua escrevendo artigos sobre política, lê jornais diariamente e fala, com saudades, da professora Maria da Conceição Lopes, já falecida, com quem teve sete filhos que lhe deram 15 netos e nove bisnetos.

CR- Sua ideia de criar o MPMPL ganhou projeção nacional. Como o senhor se sente?
José Lopes- “A ideia da criação do movimento teve, como objetivo principal, a moralização de todo o Poder Legislativo, acabando com o gigantismo da máquina legislativa, com os privilégios e com o profissionalismo da carreira política. Não me sinto completamente feliz porque nossa mensagem ainda não foi absorvida pela população que acredita mais no samba, no futebol e no carnaval”.

– Mas acredita que seu esforço valeu a pena? A moralização da política parece difícil…
– “Muito difícil porque não tem o apoio da grande mídia, dos partidos políticos e dos próprios cientistas políticos”.

– E hoje, como vê a política brasileira?
– “Uma podridão, muito cinismo e corrupção ativa e passiva”.

– Acredita no fim da corrupção no Brasil?
– “Acredito se o povão lutar pela reforma política por plebiscito e por constituinte exclusiva.

– Quem foi um exemplo na política? Por que?
– “Juscelino que construiu Brasília implantando a marcha para o Centro-Oeste e Itamar Franco que criou o Plano Real, de fundamental importância para a estabilização econômica do País”.

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– O senhor continua recebendo apoio por sua ideia de fundar o MPMPL?
– “Obtive muito incentivo de várias partes do País, mas gostaria de destacar o apoio da Tribuna de Minas, seus repórteres e do editor geral, Paulo Cesar Magella, do colunista Cesar Romero e de Mitnos Calil, coordenador do IMBL, de São Paulo”.

– Ao longo desse tempo de atividade, escreveu muitos artigos para a mídia nacional…
– “Sim, foram muitos, dezenas e todos eles estão no site www.mpmpl.org”.

– Enfim, com toda a sua experiência de vida, o Brasil tem jeito? Qual a sua receita?
– “O Brasil tem jeito se moralizarmos o poder legislativo, aprovando as reformas necessárias da política, da previdência, tributária, segurança e reduzindo o número de políticos safados de partidos desprovidos de qualquer ideologia e de quaisquer vestígios de realização”.

Ping-pong
– Melhor ator: Lima Duarte

– Melhor atriz: Fernanda Montenegro

– Cantor: Bob Dylan

– Prato preferido: vatapá regado com uma dose moderada de Paraty

– Sobremesa: marmelada e pessegada e doce de leite

– Receita da longevidade: muitas frutas, verduras, leite, queijos, arroz com feijão e pouca carne

Viagem inesquecível: Aracaju, em 1936, quando fui tomar posse de meu primeiro emprego, escriturário da delegacia fiscal do Tesouro Nacional do Estado de Sergipe, de onde cheguei, por meio de concursos públicos, ao cargo de auditor fiscal aposentado da Receita Federal.

Livros: Bíblia Sagrada, Biografia de São Lucas e “Iracema, a virgem dos lábios de mel”, de José de Alencar

Uma frase: do apóstolo Paulo em sua carta aos romanos: “sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio”.

Cesar Romero

Cesar Romero

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