Na fronteira da ‘guerra’ carioca
Na fronteira da ‘guerra’ carioca (1)
A tão decantada proximidade de Juiz de Fora com o Rio de Janeiro – que valeu ao juiz-forano até o rótulo de “carioca do brejo”, imposto por mineiros de outras regiões – vem se transformando numa espécie de fronteira de risco, diante da crescente onda de violência.Um problema que fugiu do controle e que chega a ser admitido pelo próprio governador em exercício, Francisco Dornelles: “a situação da segurança no Rio é calamitosa” e pelo prefeito Marcelo Crivella: “Rio está indignado com o nível da violência”.
Na fronteira da ‘guerra’ carioca (2)
Os recentes tiroteios na Linha Vermelha – interditada 14 vezes este ano – ganharam espaço na mídia internacional e foram manchete, ontem, de “O Globo” com o título lamentável de “Travessia de alto risco”. Um itinerário por onde circulam, diariamente, muitos juiz-foranos a negócios, estudos, turismo, programas culturais, visita a familiares e jogos de futebol. Além disso, o Aeroporto Tom Jobim/Galeão é a maior opção para as viagens nacionais e internacionais. O medo de circular pela via expressa, especialmente à noite, já faz parte das preocupações de quem deixa a cidade rumo ao Rio ou vice-versa.
Na fronteira da ‘guerra’ carioca (3)
O pesadelo de quem mora no Rio e que, agora, também perturba o sono do juiz-forano, tem suas razões em números. O conceituado colunista Ancelmo Góis, revela em tópicos intitulados “Rio sem lei” que “os roubos de carga cresceram 67,5% nos últimos dois meses e que as ocorrências só neste setor chegarão a 12 mil este ano”. E deu dois exemplos: “todo dia, um caminhão da Coca-Cola tem sua carga roubada no Grande Rio”; “assaltado quatro vezes, o ex-jogador Branco, da Seleção de 1994, se cansou da violência e mudou para Florianópolis”.
Na fronteira da ‘guerra’ carioca (4)
Em Juiz de Fora, todas as manhãs momentos de tensão tomam conta da matriz do Rodoviário Camilo dos Santos. Antenado, o presidente Eduardo Benjamin dos Santos monitora as informações da filial do Rio onde, diariamente, chegam quatro carretas – duas de São Paulo, uma de Belo Horizonte e outra de Juiz de Fora.
Há três semanas, uma dessas carretas foi interceptada e direcionada para uma favela, segundo registro de dois rastreadores que equipam o veículo. De nada adiantaram os comunicados à polícia carioca. Felizmente, o motorista foi liberado horas mais tarde junto com o caminhão, mas sem a carga avaliada em R$ 500 mil.
Ainda sobre o assunto, Eduardo dos Santos acrescentou que “a situação é gravíssima com reflexo no seguro das cargas. Hoje, apenas seis seguradoras atuam no mercado nacional, com taxas que passaram de 3% para 9% sobre o valor transportado”.
Na fronteira da “guerra” carioca (5)
O presidente da Unimed, Hugo Borges que, constantemente, está no Rio para reuniões de trabalho ou embarcar na ponte aérea rumo a Brasília e outras capitais, também não esconde a preocupação com a violência carioca. Para ele, “enquanto o Estado do Rio não focar nos interesses coletivos, garantindo educação, saúde e segurança, a sociedade vai ficar acuada frente a esta devastadora violência urbana. O Rio, em pânico, e Juiz de Fora, amedrontada!”
Na fronteira da ‘guerra’ carioca (6)
Em entrevista à Band News, um empresário carioca anunciou que cem transportadoras do Rio decidiram por uma paralisação, na entrega de cargas no dia 21 de agosto, o que poderá provocar um colapso no abastecimento.
Na fronteira da ‘guerra’ carioca (7)
Nas redes sociais, é comum os PMs do Rio evidenciarem a insatisfação pelo atraso dos salários, como também não pouparem críticas ao sucateamento da frota e armamento inferior ao da bandidagem. Mais recentemente, as críticas se estenderam à Força Nacional. Seus 300 agentes reforçam o patrulhamento dos acessos de rodovias que cortam o estado, como Via Dutra, Avenida Brasil e Washington Luís (BR-040). Mas com atuação somente até as 18h.
Revista ‘on line’
Está no ar, no site da Tribuna de Minas (issuu.com/tribunademinas), a Revista da Feijoada 25 anos. Com 68 páginas e ricamente ilustrada, a publicação está esgotada nas bancas.
Cotação alta
Diretor de programação da TV Integração, o juiz-forano Rafael Occhi vai alçar novos voos profissionais.
A partir de setembro, ele troca Uberlândia por Manaus, onde assume a Rede Amazônia, também afiliada da Globo, para o Norte do país, exceto o Pará.
A propósito
Outro juiz-forano assumirá as funções de Rafael na Rede Integração. Trata-se de Breno Novaes, cujo pai Paulo Cesar Novaes é um dos mais antigos funcionários da emissora global em Juiz de Fora.
Região turística
As estradas federais que passam pelo Vale do Café (BRs 040 e 393) estão recebendo as primeiras placas indicativas de região turística do Sul fluminense. A iniciativa é do presidente do Instituto Preservale, Nestor Rocha. Aliás, ele e a mulher Liliana Rodriguez – presenças simpáticas na feijoada desta coluna são donos da centenária (e belíssima) Fazenda São Luiz da Boa Sorte, em Vassouras (RJ).
Dá-lhe Fogão
Ricardo Bertelli e Nem Abrantes não cabem em si de tanta alegria com a performance do Botafogo: “tá jogando bem e dando sorte”.
Arraiá’ no Campus
Em temporada de festas julinas, o Som Aberto do próximo sábado, na Praça Cívica da UFJF, terá barraquinhas, e atrações típicas e até uma quadrilha coletiva. Entre as atrações, a palhaçaria do Coletivo Arteiros Urbanos e do Caipirão Perna de Pau, Léo Vital, do grupo Amplitud, a Zumba Julina da Academia Simetria e os shows de Marcelo Cameron, além das bandas Cambará, Espirro de Bode e Só Parênt – na Concha Acústica.
Toque
“Você nunca sabe quanto tempo você tem com alguém, então não esqueça de dizer eu te amo enquanto você pode”
Michael Jackson
Voo Livre
Marília e Omar Ferreira estão de volta à cidade após um longo ‘tour’ pela Europa.
Quem está circulando em Aspen é a elegante Claudia Perches, que vai estrear na Casa Design 2017.
Com seus habituais animados papos, Pedro Bismarck comandava uma mesa anteontem,na Estação Grill.
O juiz Edir Guerson de Medeiros, Ariane Sarto e Valério Nicolatino estão aniversariando.
Beto Guedes e Eduardo Araujo estarão, dia 22 de setembro, no palco do Cultural.
Dar esmola na rua é auxiliar a vadiagem. Ajude o Grupo Espírita Eurípedes Barsanulfo-telefone 3218-1700.