Fala Quem Sabe: Mãe: um amor sem limites

Por Cesar Romero

12/05/2018 às 08h00 - Atualizada 12/05/2018 às 14h20

Fala Quem Sabe: Mãe: um amor sem limites

Há exatos 40 anos, o improvável sonho de uma jovem inglesa tornava-se realidade. Pelas mãos da ciência, nascia Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo. Lesley, a jovem mãe em questão, mesmo sem entender muito bem a técnica inovadora, decidiu aceitar o desafio. Em julho de 1978, deu a luz a Louise, após nove anos de tentativas frustradas de engravidar naturalmente.

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Todo o espanto causado na época, além da desconfiança que sempre acompanha as inovações científicas, não permitiram imaginar que chegaríamos tão longe. Hoje, milhões de mulheres em todo o mundo podem ter acesso a esta tecnologia e recorrem à medicina reprodutiva em busca da materialização do desejo de ser mãe.

Por vezes é o relógio biológico que, implacável, se impõe. Adiar a maternidade em prol dos projetos pessoais e profissionais, da busca pelo sucesso e pela autonomia, além de representar um dilema na vida de muitas mulheres, pode tornar a gravidez inacessível, pelas vias naturais. Outras vezes, doenças que afetam a saúde reprodutiva da mulher ou do parceiro, desafiam a concretização dos planos da maternidade.

Reproduzir, no imaginário da maioria das pessoas, é algo inerente a toda mulher. Um filho representa o prolongamento de nós mesmos, a perpetuação dos nossos sonhos e do nosso amor. Não é difícil imaginar a frustração que uma mulher pode experimentar ao se deparar com a infertilidade. Neste momento, que não lhes falte compreensão, empatia e acolhimento.

Trabalhando nesta área há mais de 20 anos já pude, como médica, mas, principalmente, como mulher e como mãe, ter meu coração tocado pelas mais diversas histórias. Histórias de sofrimento, mas também de um amor infinito por filhos que ainda virão, e de

uma luta incansável, que não conhece limites.Que sejamos corajosas como a jovem Lesley. Mas que tenhamos plena consciência de nossos desejos e que possamos lutar pelos nossos sonhos. Não norteadas pelo peso da cobrança e da culpa, mas pela força e pela determinação de quem sabe aonde quer chegar!
Um Feliz Dia para todas nós!

(Fernanda Polisseni é ginecologista especialista em reprodução assistida e leitora convidada)

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Vera Alvim Quinet com os filhos Juliane e Felipe em 1993

Cesar Romero

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