Coluna CR – 12-03-2017
Mineira de Carangola, Norma Peron Souza Gomes (foto ao lado), veio para Juiz de Fora aos 22 anos e logo se casou com Roberto Souza Gomes, passando a se dedicar integralmente ao lar e aos filhos, Diogo e Victor. Mas, por obra do destino, quando ficou viúva, precisou assumir os negócios da família. “Sem preparo específico e experiência, mas com determinação, coragem e a certeza de que eu não estaria sozinha”, ela não teve medo e, desde 1994, esta à frente da Souza Gomes Imóveis.
Segundo Norma, “aos poucos fui me familiarizando com os riscos da profissão, cometi alguns erros, aprendi com eles, somados aos acertos eles tiveram igual importância”. Sobre os principais desafios durante sua trajetória de sucesso, a empresária não tem dúvidas: “foi começar do zero, abalada emocionalmente, aprender ‘tudo’ e me posicionar em um mercado, até então, dirigido, na sua maioria, por homens”.
– CR: Como você conciliou o tempo entre a imobiliária e a criação dos filhos?
-Norma: “Eu tive um suporte familiar importante que foi minha mãe e meus irmãos, que sempre dividiram comigo as responsabilidades. Eles souberam, divinamente, executar esta missão”.
– Acredita que a mulher conquistou seu espaço no mundo dos negócios?
“Nos últimos anos tivemos uma evolução considerável, mas é um começo na mudança secular da cristalizada cultura patriarcal. A sociedade precisa aprender a se desprender de muitos preconceitos, isto não acontece como mágica, é um aprendizado que carece de um trabalho incansável de conscientização. Vejo a imprensa como aliada neste processo”.
– Qual o seu conceito de beleza feminina? E o que é ser elegante?
“Beleza e elegância para mim, derivam-se de atitude. É algo subjetivo e intransferível”.
– Como tem feito para driblar a crise e manter o sucesso da empresa?
“Ouço a palavra crise desde pequena, passando por fases boas e ruins. Mas dela surgiram grandes ideias, pessoas criativas se reinventaram, nós aqui na Souza Gomes estamos driblando com muito trabalho e otimismo”.
– O investimento em imóvel ainda é o negócio mais seguro?
“Certamente. Desde que você esteja de fato bem assessorado”.
– Historicamente Juiz de Fora é vista como uma cidade que não corre dinheiro. Qual a sua visão?
“É uma cultura equivocada. Juiz de Fora é um grande polo de desenvolvimento econômico de muitas cidades vizinhas. É um município com enorme potencial de se destacar positivamente, ainda mais quando conseguirmos conscientizar cada cidadão de sua responsabilidade em fazer dela uma cidade diferenciada, mais bonita, limpa, e muito mais acolhedora. Precisamos acreditar, querer melhorá-la, apoiar nosso comércio, nossos eventos, investir em treinamentos e qualificar profissionais”.
Ping Pong
– Um ídolo: minha mãe, Judith Peron Maciel. Exemplo de serenidade, dedicação, sabedoria e desprendimento
– Uma virtude: generosidade
– Estilo musical: MPB
– Cantor: João Bosco, entre muitos outros
– Momento mágico: no momento da colação de grau do Victor, ele pediu licença e abriu uma faixa: “Mãe, eu te amo” (só eu sei ….)
– Viagem inesquecível: Rocamadour, na França
– Um filme: “Estrelas além do tempo”
– Ator: Wagner Moura
– Atriz: Letícia Sabatella
– Lazer: reunir amigos na granja
– Perfume: “Glamour”, do Boticário, no dia a dia
– Grife: gosto de bons produtos, clássicos, sem necessariamente serem de “grifes”. Adoro Bob e Lelis
– Um luxo: ouvir, de uma ‘chef’ de cozinha, que adora meu arroz com feijão
– Escritor: Augusto Cury
– Livro: “A Estrada da Reserva”, de John Burnham Schwartz. É uma história que nos leva a pensar em tantas vertentes de um mesmo episódio
– Bebida: vinho
– O que traz alegria: risadas e conversas da Nina, minha neta de três anos
– Cor: adoro branco
– Hobby: cinema
– Uma cidade: Juiz de Fora
– Sonho a realizar: união e harmonia entre todos os ideais de crescimento de um grupo
– Prato preferido: frutos do mar
– Uma frase: “Aos outros dou o direito de ser como são. A mim dou o dever de ser cada dia melhor” (Chico Xavier)