TPM: a grande confusão no corpo feminino

PUBLIEDITORIAL

Descontrole emocional é um dos sintomas mais conhecidos, mas os desconfortos não param por aí


Por Hospital Albert Sabin

29/04/2018 às 07h00


Vontade de chorar, de se jogar no sofá e se esbaldar com um pote de sorvete ou com uma barra de chocolate, brigar com todos que cruzam o seu caminho ou só ter vontade de ficar na cama o dia inteiro. Se você é mulher, as chances de ter tensão pré-menstrual (TPM) e passar por pelo menos uma dessas situações todos os meses é grande. Mas se a grande questão é “por que eu sofro tanto com TPM e a minha amiga não”? Ou “por que isso acontece comigo?”, agora é a hora de entender.

A menstruação é o resultado de um mês de preparação do corpo para uma possível gravidez. Quando métodos contraceptivos não são usados, o óvulo é produzido para se encontrar com um espermatozoide, quando ocorre a fecundação e então a geração de um feto. Se isso não acontece, processam-se modificações hormonais no útero, que fazem com que haja um descolamento do endométrio, que é a camada que reveste o órgão internamente, expelindo sangue durante o período menstrual.

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Durante esse período ocorrem mudanças hormonais que interferem no sistema nervoso central, que podem resultar na TPM. Os níveis de endorfina – substâncias naturais ligadas às sensações de prazer – e neurotransmissores ficam alterados, já que o corpo passa por grandes alterações nesse momento. No entanto, a ciência ainda não definiu as causas exatas do problema e, por isso, não há como saber ao certo o porquê de nem todas as mulheres sofrerem de TPM em seus períodos férteis.

As modificações hormonais que ocorrem no corpo da mulher, juntamente com fatores como dieta e carências nutricionais, estresse, problemas emocionais, congestão no fígado, resistência insulínica, desequilíbrio da tireoide, uso de álcool e medicamentos, além do estilo de vida, estão relacionados com os sintomas físicos, psicológicos e emocionais da TPM.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% das mulheres brasileiras e 90% das mulheres em todo mundo sofrem com o problema, que, em geral, aparece entre 7 e 10 dias antes do início do fluxo menstrual e termina logo depois. Podendo variar de mulher para mulher, engloba alterações de humor, aparecimento de acne, distensão abdominal e/ou dores de cabeça, retenção de líquidos, fadiga, dores nas articulações, sensibilidade e inchaço dos seios, ganho de peso, problemas de memória, dificuldades para dormir e problemas de concentração.

Os casos são tão distintos que a medicina separou a tensão pré-menstrual em cinco categorias, que podem acontecer de forma separada ou ao mesmo tempo.

O tipo A tem como principais manifestações a irritabilidade e as alterações de humor e está relacionado com a ansiedade. Já a segunda forma, a TPM C, está ligada à compulsão alimentar e tem dores de cabeça e vontade de comer guloseimas como alguns sintomas. Já a baixa autoestima e os sentimentos violentos estão ligados com sintomas depressivos, vindo do tipo D. A TPM H tem esse nome advindo da palavra hidratação e está associada a retenção de líquidos, tendo como alguns indícios do problema inchaço abdominal e sensibilidade nos seios. Por fim, outros sintomas foram agrupados no tipo O, reunindo dores generalizadas, náuseas, pele oleosa, acne, dentre outras.

Como as causas exatas da TPM ainda são desconhecidas da ciência, não há cura, mas alguns hábitos podem amenizar o desconforto. Alimentos ricos em fibra, grande variedade e quantidade de vegetais e folhas verdes, sementes, linhaça, peixes ricos em ômega 3, cacau e alimentos com alto grau de tirosina e triptofano podem ajudar a diminuir os sintomas. Além disso, a diminuição do consumo de açúcar e carboidratos pode ser grande aliada. Exercícios físicos regulares também podem ajudar. Em alguns casos mais graves, com orientação médica, a mulher precisa fazer tratamento com uso de medicação.

Preste atenção aos seus sintomas e se estiverem atrapalhando suas atividades diárias procure um médico. Se precisar, conte sempre com a equipe do Hospital Albert Sabin.

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