Laser íntimo no pós-tratamento de câncer de mama


Por Marcelo Condé

23/10/2021 às 12h16

Qual mulher nunca temeu o câncer de mama?

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Esse câncer é – infelizmente – o mais comum entre a população feminina; trata-se de um tumor maligno que se desenvolve na mamã e tem como principais sintomas edema cutâneo, retração da pele, dor, hiperemia, inversão do mamilo e secreção papilar. O diagnóstico dessa doença é algo difícil para qualquer pessoa, pois o tratamento, que geralmente é feito com quimioterapia, é agressivo e traz consequências tanto físicas quanto psicológicas para a mulher.

Em um primeiro momento, após o diagnóstico, a mulher obviamente pensará em se curar da doença, eliminar o tumor, e isso é, de fato, o mais importante e urgente a se fazer. No entanto, ao longo do tratamento, a paciente estará mais estabilizada emocionalmente e voltará a pensar na sua vida, na sua rotina depois do término do tratamento. Isso inclui a atividade sexual.

Segundo a Associação Brasileira de Cosmetoginecologia (ABCGIN), “o câncer de mama é um tipo de câncer estrogênio dependente em sua grande maioria, logo, não há a possibilidade da mulher realizar um tratamento de reposição hormonal durante a doença, pois a quiomioterapia inibe totalmente, a nível cerebral, a produção hormonal, ou seja, a paciente fica sem seus hormônios sexuais – que o estrogênio, a progesterona e a testosterona. Como consequência disso, acontece a mesma atrofia vaginal, a mesma incontinência urinária, os mesmos problemas que ocorrem na menopausa. É aí que entra o laser vaginal”.

Laser e seus benefícios

Como já se sabe, os tratamentos com laser vaginal são altamente indicados para os problemas citados anteriormente, pois esse aparato funciona a partir da emissão de ondas eletromagnéticas que estimulam a produção hormonal, devolvendo a elasticidade e a lubrificação do órgão genital feminino e melhorando a atrofia. Por esse motivo, o laser é extremamente importante no pós-tratamento do câncer de mama, quando a mulher já se sente apta, preparada para retornar a vida sexual, porque, nesse momento, a vagina precisa ser regenerada para que não haja dor e outros incômodos durante a relação. Assim se dá, portanto, a ligação entre o laser vaginal e o tratamento contra o câncer de mama.

Apesar de a doença ser agressiva e trazer consequências severas à mulher, a tecnologia – que vem avançando cada vez mais – do tratamento com laser na região genital feminina pode ser apresentada como uma “luz no fim do túnel” às pacientes que se sentem inseguras sexualmente após o câncer. É essencial, portanto, que os médicos ginecologistas estejam sempre atualizados com relação às técnicas e tratamentos que auxiliem a devolver a funcionalidade dos órgãos do sistema reprodutor feminino.

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Com informações da ABCGIN

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