Carnes com preparos leves para o verão

PPP sugere carpaccio de mignon e petisco de costela como opção ao churrasco para os dias mais quentes da estação


Por Júlia Pessôa

17/02/2018 às 07h00- Atualizada 19/02/2018 às 19h34

O churrasco é uma grande instituição cultural brasileira, sobretudo no verão, quando “queimar uma carne” se torna um programa especialmente oportuno para reunir as pessoas queridas. Apesar de popular, o churrasco não é uma refeição leve, o que pode ser desconfortável nos dias mais quentes. Mas engana-se quem pensa que precisa, necessariamente, abrir mão da carne vermelha quando os termômetros estão nas alturas. Há preparos e modos de servir que têm a cara da estação e dão mesmo aos cortes mais gordurosos a leveza que as temperaturas elevadas pedem.

Carpaccio de mignon é refrescante, de tonalidade vibrante e com acompanhamentos suaves, a cara da estação (Foto: Mercelo Ribeiro)

A primeira dica de Camila Borges, que comanda a cozinha do Picanha, Pimenta e Pinga (PPP), realmente exala frescor, um carpaccio de filé mignon com pesto de manjericão, mozarela de búfala e alcaparras. “É leve, fresco, e fatiamos na hora, para que se sinta ainda mais essas características. Outra curiosidade é o fato de usarmos o mignon. A maioria dos carpaccios que se vê é feito com lagarto, que tem uma cor rosada. O nosso é de um vermelho vivo, vibrante, a cara do verão”, diz ela. O prato, que é versátil e pode ser uma entradinha ou tira-gosto, é servido com três molhos: pesto, mostarda e mel e sour cream, além de uma saladinha leve de folhas e um cestinho de parmesão com deliciosos pães da casa (que variam de dia para dia).

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F2: Servida em porção reduzida como petisco, costela ganha leveza para os dias quentes
(Foto: Marcelo Ribeiro)

Outra sugestão, que pode parecer inusitada, é uma versão de costela, já que o corte tem o estigma de “carne gordurosa” – que realmente é. Porém Camila explica que a forma de servir e o preparo inicial da carne podem torná-la mais light e mais sintonizada com a pegada de verão. “Em primeiro lugar, a gente tira muito da gordura dela, principalmente porque a porção é pequena, para que tenha mais carne, de fato. O próprio tamanho da porção, que vem com farofinha e vinagrete, também tem uma leveza, porque fica com cara de petisco, não de refeição, e combina com cerveja, chope, drinque ou suco geladinho”, observa a chef. O sabor acentuado e delicioso vem do processo de cocção, que é lento, porém simples. Confira a receita.

Picanha, cerveja e música

Picanha, a estrela da casa, tem cardápio especial com diferentes preparos, molhos e acompanhamentos (Foto; divulgação)

Para quem não abre mão de um bom corte tradicional, a casa tem um menu especial de picanhas, com diferentes preparos, temperos e acompanhamentos. “Fizemos uma brincadeira com ingredientes e referências de vários países e também de regiões do Brasil, e elas referenciam os acompanhamentos, a forma de servir e os preparos”, explica Alexandre Miranda, sócio-proprietário do Picanha, Pimenta e Pinga. Assim, algumas pedidas podem ser mais levinhas para o calorzão, como a “do Manuel”, de inspiração portuguesa, que é servida com arroz com amêndoas, farofa e jardineira de legumes.

O menu especial com a estrela da casa tem 12 opções variadíssimas, e todos os acompanhamentos funcionam em esquema de refil, podendo ser substituídos à vontade sem custo adicional – boa pedida para almoção de família ou grandes grupos. Detalhe importante: o espaço tem uma brinquedoteca para crianças até 8 anos, com recreadoras aos fins de semana.

Outro destaque é a ampla carta de cervejas especiais, além dos chopes que, até abril, quando acaba o projeto Sunset, são servidos em esquema de double das 16h às 20h30. “Durante o verão, tem sempre música ao vivo, surf music, sambinha, e os chopes em double. É uma proposta para aproveitar os dias, que têm sido lindos aqui no deque”, ressalta Alexandre.

Picanha, Pimenta e Pinga
Av. Eugênio do Nascimento 310, Aeroporto
3215-7755

Costela ao bafo
por Camila Borges

( Foto: Marcelo Ribeiro)

Ingredientes

– 1 peça de costela bovina
– Sal grosso a gosto
– Azeite a gosto
– Molho chimichurri a gosto
– Papel-alumínio e papel-manteiga

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Modo de preparo

Retire o excesso de gordura da peça de costela e deixe-a marinar em um tempero de sal grosso, chimchurri e azeite por cerca de 30 minutos. Leve a uma churrasqueira de bafo por cerca de 3 horas. Envolva a carne em uma “passada” de papel-manteiga e três “passadas” de papel-alumínio. Volte para o bafo e deixe por cerca de 8 horas. Dica: como a brasa e o tipo de peça influenciam no ponto da costela, vale abrir em torno das 6h de cocção para verificar o ponto desejado. Sirva fatiada, desfiada ou como preferir.

 

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