Os desafios da escola nesses tempos de pandemia


Por Pricilla Cerqueira, Luciana Tenuta e Rita Batista

27/10/2020 às 19h16- Atualizada 28/10/2020 às 09h13

Nesses tempos difíceis de pandemia dois tipos de desafios se impõem à escola. Um deles se refere ao momento atual, em que o trabalho ainda está sendo desenvolvido remotamente. Cada escola da sua forma, cada rede do seu jeito, cada professor com seus alunos.  De acordo com as mais diversas realidades, são propostas situações de aprendizagem que levam em conta as características e o contexto dos alunos.

Outro momento que precisa ser pensado é o da volta ao ensino presencial. Como está sendo preparada essa volta? Além das questões relativas à segurança de todos, no que diz respeito à saúde, como a escola está se preparando para dar continuidade aos processos de aprendizagem dos estudantes?

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Diante de todos os desafios que o momento nos impõe, temos hoje um documento que orienta todas as escolas brasileiras da Educação Básica. É a Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, que estabelece as habilidades e competências que os alunos devem desenvolver desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Esse documento é um guia que certamente vai ajudar as escolas a tomar as melhores decisões neste momento tão difícil.

É preciso planejar a volta considerando as aprendizagens essenciais de cada ano, de acordo com o que está estabelecido na BNCC, levando em conta o que os alunos aprenderam até o momento dessa volta. Para isso, é necessário implementar processos de avaliação diagnóstica que orientem os planejamentos e que contemplem o nível de aprendizagem de cada estudante, para avançar com todos, sem deixar ninguém para trás.

É urgente pensar em estratégias para lidar com o número reduzido de alunos em sala, garantindo as regras de distanciamento e, ao mesmo tempo, enfrentar os desafios trazidos pelos diferentes níveis de aprendizagem dos estudantes de uma mesma turma, levando em conta as diversas formas de ensinar e aprender que foram desenvolvidas nesse tempo de confinamento.

Não se pode deixar de considerar também o que os estudantes aprenderam além dos conteúdos escolares nesse período. Talvez esse seja o ponto de partida para acolher essas crianças e jovens. Que experiências tiveram? Como viveram essas experiências? O que trazem agora, de volta à escola?

Todo esse trabalho exige um planejamento cuidadoso, pautado em objetivos claros para que se possa projetar o futuro. Que a partir das experiências vividas, a escola possa se adequar a novos processos de aprendizagem, mais condizentes com um aluno conectado e com um mundo em constante transformação.

Contato: primendescerqueira@gmail.com

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