Detox – Masculinidade Tóxica

Cada vez mais os homens estão aprendendo a desconstruir (pré) conceitos e a estabelecer novas possibilidades, livres de julgamento. Afinal, o que importa mesmo é a descoberta do amor próprio e autoadmiração, aliados ao entendimento de que somos todos seres humanos dotados de alegrias e tristezas, medos e coragens, independente do gênero.


Por Thiago Vianna

07/08/2019 às 18h31- Atualizada 21/10/2019 às 09h47

 

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Olá, meu amigo!

Desde a infância a maioria dos homens é criada para trabalhar e sustentar sua família. Culturalmente, os homens devem ser fortes para enfrentar os obstáculos e vencer! Um guardaroupa todo azul os esperam e a infância será repleta de incentivos à liberdade e às aventuras.

Expressões como “homem que é homem não chora” ou “isso não é coisa de homem” reforçam o comportamento machista no Brasil.
De acordo com uma pesquisa realizada pela ONU Mulheres Brasil e pelo site Papo de Homem, existe uma receita cultural de como os homens devem ser, agir, sentir e falar e essa atitude tóxica oprime tanto os homens quanto as mulheres. A pesquisa ainda aponta que 95% das mulheres e 81% dos homens concordam com a afirmação de que “sim, é preciso falar com os homens sobre machismo”.

A situação do machismo aculturado desde a criação prende os homens no que é conhecido como “The Man Box” (A Caixa do Homem). A tradução da imagem está logo abaixo.

Fonte: ONU Mulheres Brasil e Site Papo de Homem

Dentro da caixa os comportamentos culturais esperados: forte, durão, intimidador, sob controle, respeitado, atlético, poderoso, rústico, assustador, que não mostra fraqueza, provedor, macho, grande, não responde a ninguém, jogador, rico, sexual.

Fora da caixa, estão os conceitos sobre como será julgado caso se comporte fora do esperado: bicha, viado, fresco, fraco, menininho da mamãe, trouxa e afeminado.
O resultado dessa perigosa padronização são homens emocionalmente restritos e abalados que a longo prazo tendem a adoecer.
Atacar a masculinidade tóxica não quer dizer que devemos proibir homens de expressar suas características. Mas sim permitir um leque maior de escolhas sobre como desejam ser, sem que essas escolhas coloquem em cheque a masculinidade.

Se permitir ser sensível aos diversos acontecimentos da vida, perceber a importância de oferecer mais atenção a assuntos como beleza, moda e estilo de vida, desconstruir (pré) conceitos e reconstruir um estilo de vida mais real e livre é a realidade do homem moderno, meu amigo. Afinal, este novo homem não tem medo de chorar ou se emocionar e entende que se cuidar faz bem: para o corpo e para a alma.

Vamos começar a desconstruir conceitos ultrapassados que sustentam uma cultura machista e deturpam o sentido do que é ser tradicional?

A beleza no mercado de trabalho

Com a grande demanda no mercado de trabalho cada detalhe importa para se destacar, então a autoimagem  é uma excelente forma de promover o marketing pessoal.

Ficar atento ao que o mercado de moda, beleza e cuidados pessoais oferece pode te transformar em um homem de poder, meu amigo.

De acordo com o Caderno de Tendências da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, para 2019, a expectativa é de que o mercado brasileiro masculino de cuidados pessoais torne-se o maior  do setor no mundo.
Veja o caderno aqui.

Cada vez mais os homens estão aprendendo a desconstruir (pré) conceitos e a estabelecer novas possibilidades, livres de julgamento. Afinal, o que importa mesmo é a descoberta do amor próprio e autoadmiração, aliados ao entendimento de que somos todos seres humanos dotados de alegrias e tristezas, medos e coragens, independente do gênero.

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Na próxima Coluna, falaremos mais sobre masculinidade, ambiente corporativo e comportamento, mas também sobre moda, beleza e estilo.

Me acompanhe também por aqui: @thiagovianna_jf.

 

Créditos:

Revisão – Maíra Andrade

Imagens: Shutter Stock e DepositPhotos

 

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