Ladrões usam barraca como disfarce para ‘limpar’ vitrine de joalheria

Imagens de câmeras de segurança revelaram montagem feita de papelão, plástico e cobertor na porta da loja na Rua Mister Moore


Por Sandra Zanella

02/06/2022 às 16h08

Várias peças de ouro que estavam na vitrine da Galil Joias foram levadas durante uma ação ousada, praticada na noite de terça-feira (31), na Rua Mister Moore, no Centro de Juiz de Fora. O crime só foi descoberto na manhã de quarta, quando os proprietários chegaram para trabalhar. Imagens de câmeras de segurança revelaram que dois ladrões usaram uma barraca feita de papelão, plástico e cobertor na porta da loja para disfarçar a ação criminosa, ocorrida por volta das 22h. Com o uso de uma chave micha, eles conseguiram abrir as cinco fechaduras e furtar joias, como cordões, anéis e brincos. A quantidade de peças levadas e o valor do prejuízo não foram divulgados.

Em entrevista à Tribuna, o empresário Rogério Galil Silva, 76 anos, lamentou o quarto crime contra o patrimônio ocorrido em sua joalheria, que funciona há 52 anos no mesmo endereço. Ele contou que a esposa dele, 67, foi a primeira a chegar e estranhou a falta da tranca central. Não havia sinais de arrombamento e, quando ela entrou, encontrou a loja toda revirada. Traumatizada com a situação, a mulher passou mal durante o registro da ocorrência feito pela Polícia Militar no local e foi socorrida pelo Samu até um hospital particular, onde foi medicada e liberada.

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“Ficamos no hospital até por volta do meio-dia. Eu cheguei a medir minha pressão, estava sob controle. Voltamos para a loja e começamos a colocar as coisas nos devidos lugares”, contou Galil. “Nos trouxe um transtorno bem razoável. Estamos tentando repor devagar, vai levar tempo, mas vamos tentar dar a volta por cima”, desabafou o empresário. Segundo ele, toda a ação criminosa teria durado cerca de 45 minutos.

Sobre o modo de agir dos bandidos, Galil contou que a barraca usada como disfarce estava sendo montada há mais de dez dias próximo à loja dele. Ele acredita em crime planejado, praticado por alguém com experiência em furto de joias. “Deviam ficar por ali observando os acontecimentos. Só levaram as peças de ouro que estavam na vitrine, não furtaram os folheados. A pessoa provavelmente é conhecedora.”

A Perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos de praxe no local, recolheu as imagens das câmeras de segurança e também as chaves michas que teriam sido usadas pelos ladrões e foram deixadas no local. O caso seguiu para investigação na 7ª Delegacia.

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Tópicos: polícia

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