Polícia Civil indicia suspeito de violentar e roubar garotas de programa
Jovem, de 25 anos, teria praticado pelo menos dois dos quatro crimes envolvendo profissionais do sexo no último mês
Um jovem, de 25 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por praticar pelo menos dois crimes violentos contra garotas de programa no último mês em Juiz de Fora. A conclusão das investigações foi divulgada nesta quarta-feira (13), mesmo dia em que a Tribuna publicou reportagem sobre a onda de violência sofrida por profissionais do sexo na cidade. Desde o dia 17 de março, ocorreram pelo menos quatro ações criminosas do tipo, incluindo roubo, estupro e até homicídio.
O suspeito, que marcaria programas já com a intenção de roubar as mulheres, ainda não está preso, mas a Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão preventiva do investigado. Outro jovem, 22, foi detido por receptação, na última segunda, ao ser localizado com o celular roubado de uma das vítimas. De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e responsável pelas investigações de dois casos, Rogério Woyame, o jovem foi reconhecido pelas vítimas, e o inquérito policial foi relatado, sendo remetido à Justiça.
O crime mais recente que teria sido cometido pelo suspeito aconteceu no dia 1º de abril, quando uma mulher, 36, foi encontrada pela PM nua, amordaçada e com os braços amarrados para trás em um apartamento na Rua Santa Rita, no Centro. A vítima relatou à polícia que havia agendado um programa no valor de R$ 100. O cliente compareceu e pagou adiantado, mas após a relação sexual sacou uma arma de fogo e anunciou o assalto. A vítima reagiu, sendo agredida e imobilizada. O assaltante fugiu levando R$ 500 e dois celulares, além das chaves da casa.
Outro caso semelhante cuja autoria é atribuída pela polícia ao mesmo suspeito foi registrado no dia 19 de março na Rua São João, no Centro. Uma jovem, 21, relatou ter sido estuprada e roubada após ter sido contratada para um programa, ao custo de R$ 100, por meio de anúncio em um site de classificados eróticos. Quando o cliente chegou ao endereço fornecido pela vítima, sacou uma arma de fogo de dentro de uma bolsa, segurou a mulher pelo pescoço e a jogou na cama. A jovem foi obrigada a manter relações sexuais com o criminoso, com a arma apontada para sua cabeça, e ainda a agredida com tapas no rosto durante o ato. Antes da fuga, o bandido roubou um celular, R$ 250, uma caixa de som portátil e outros pertences da vítima, que foi deixada com as pernas e braços atados.
“No crime praticado no dia 19 de março, além do roubo, ele também foi indiciado por estupro”, assegurou o delegado. Segundo ele, as apurações indicaram que o rapaz marcava encontro com as mulheres, realizava ato sexual com as vítimas e, posteriormente, anunciava o assalto. O contato começava por meio de aplicativo de troca de mensagens. O homem ainda solicitava o programa em ambiente mais reservado, supostamente para garantir ausência de testemunhas.
“Ele deixava as vítimas nuas e amarradas pelos braços e pernas, utilizando as próprias vestes delas para isso”, complementou o delegado. Entre os materiais roubados estavam dinheiro, celulares, perfumes e até roupas das mulheres. De acordo com a Polícia Civil, os demais casos seguem sendo investigados.
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