Saiba em quais lugares de JF é obrigatório apresentar passaporte vacinal

Entenda os protocolos exigidos pelo programa Juiz de Fora Viva e de que maneira a comprovação deve ser feita


Por Elisabetta Mazocoli, estagiária spb supervisão da editora Regina Campos

06/02/2022 às 07h00

Com o avanço da variante Ômicron na cidade, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) publicou uma nota técnica sobre os locais em que é obrigatório apresentar o comprovante de esquema vacinal em dia e em que lugares ele é apenas recomendado. As regras variam de acordo com o tipo de estabelecimento. A comprovação tem como objetivo controlar a transmissão da Covid-19, mas a efetividade da medida sem a rigidez dos protocolos sanitários, neste momento, ainda é debatida.

De acordo com o “Juiz de Fora Viva”, é obrigatório apresentar o comprovante de vacinação em dia para acessar e permanecer em museus, bibliotecas públicas, cinemas, teatros, salas culturais, exposições de arte em ambientes fechados, parques de diversão, circos, pontos turísticos que possuam controle de entrada e em atividades vinculadas a projetos sociais e esportivos desenvolvidos pelo município. O cidadão precisar comprovar que tomou as doses previstas para o grupo do qual faz parte. E mesmo nos casos em que os indivíduos só tomaram a primeira dose devido ao calendário, é necessário o comprovante vacinal constando essa dose.

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Já em eventos coletivos de qualquer natureza, estádios e ginásios, é obrigatório apresentar o esquema vacinal completo contra a Covid-19 há pelo menos 14 dias.

É recomendada a apresentação do comprovante de esquema vacinal em dia contra a Covid-19 para acesso e permanência em academias de ginástica, centros de treinamento, piscinas, clubes sociais, estabelecimentos comerciais, estabelecimentos econômicos, áreas comuns e de lazer de condomínios, hotéis, hospedagens, estabelecimentos de saúde públicos e estabelecimentos de saúde privados.

A comprovação pode ser feita pelo aplicativo ConecteSUS, junto ao documento com foto, ou pelo cartão de vacinação impresso que foi emitido no momento da vacinação, também acompanhado do documento com foto. É de responsabilidade dos estabelecimentos conferir essa documentação e disponibilizar às autoridades municipais a documentação comprobatória da imunização de seus clientes e funcionários.

Infectologista aponta que medida pode ser insuficiente neste momento

Para o infectologista Mário Novaes, apesar do passaporte sanitário ser uma medida necessária, principalmente para incentivar a população a se vacinar corretamente, neste momento, é uma medida insuficiente para conter o avanço do vírus. “Com a curva crescente de casos, mesmo em locais que pedem comprovante de vacina as pessoas não devem se sentir totalmente seguras. É preciso atentar para os outros protocolos e evitar grandes eventos e situações em que os indivíduos estão sem máscara e sem distanciamento social.”

Além disso, Novaes alerta que esse aumento do contágio e o relaxamento dos protocolos de segurança podem fazer com que novas variantes continuem surgindo e se propagando. Para ele, se a curva continuar crescendo, até o final de fevereiro o Brasil deve estar em um patamar similar ao da Itália, que, no último dia 11, registrou mais de 220 mil casos de Covid-19 em 24 horas. No mesmo dia, 294 pessoas morreram no país, o maior número desde o início de maio de 2021.

Novaes afirma que essa medida também tem suas incoerências, como, por exemplo, o fato de carnavais em rua não serem autorizados e grandes eventos em espaços fechados sim. Com a alta dos casos e a lotação de muitos hospitais, ele considera que apenas levar em conta os estabelecimentos onde a comprovação é pedida ainda é insuficiente. Além disso, o especialista indica que, neste momento, além do passaporte, é necessário tomar outras medidas para conter os casos. Ele opina que é necessário, por exemplo, fazer a revisão do número de ônibus circulando, interromper as festas e intensificar os protocolos nos estabelecimentos comerciais.

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Tópicos: coronavírus / vacina

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