Vítima de falso sequestro joga joias pela janela na Rio Branco

Idosa ficou seis horas ao telefone sendo coagida por criminosos, que exigiam resgate para “liberar sua filha”


Por Sandra Zanella

26/07/2021 às 17h39

Uma mulher de 78 anos ficou cerca de seis horas ao telefone com estelionatários que tentaram aplicar o golpe do falso sequestro em Juiz de Fora. O caso teve início por volta das 3h da madrugada de domingo (25) e vitimou uma moradora da Avenida Rio Branco, altura do Bairro Manoel Honório, Zona Leste. Os supostos sequestradores chegaram a pedir R$ 100 mil em dinheiro para libertar a filha da vítima. Após a idosa dizer várias vezes que não possuía a quantia e oferecer pagamento em joias, os golpistas disseram para ela colocar todas as joias que tivesse, envoltas em um pano e dentro de uma sacola plástica, para ser arremessada pela janela do seu prédio em horário combinado.

A ordem foi seguida pela vítima, que só descobriu ter caído em um golpe após fazer contato com seus familiares e constatar que nenhuma de suas filhas havia sido sequestrada. Conforme a PM, ela entregou aos estelionatários duas alianças grossas de ouro puro, uma com pérolas e outra com brilhantes; um anel solitário de ouro branco e outro com pérolas e brilhantes; dois pares de brincos em ouro com brilhantes; um relógio, uma pulseira e um medalhão de ouro amarelo.

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O bandido também havia pedido que a idosa detalhasse cada joia antes de jogá-las. A mulher chegou a ver um homem de boné preto pegar o pacote e seguir em direção ao Bairro Santa Terezinha.

Ainda de acordo com a PM, a idosa não havia conseguido falar com parentes antes, porque o golpista permaneceu com ela ao telefone das 3h às 9h, impedindo que desligasse e tentasse contato com a suposta filha sequestrada ou outro familiar. Além disso, em determinado momento da ligação, o homem passou o telefone a uma mulher, que teria se passado pela filha dela, fazendo com que confiasse na história. “A vítima, idosa, foi ludibriada e enganada, passando a acreditar no suposto sequestro”, diz o registro policial. Durante a conversa, a mulher ainda teria passado várias informações e dados pessoais aos criminosos. O caso seguiu para investigação na Polícia Civil.

Tópicos: polícia

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