Cerca de 89 mil mineiros não tomaram segunda dose da vacina contra a Covid-19
Especialista enfatiza a necessidade da segunda aplicação para que haja imunização completa; prazos variam entre duas semanas a três meses, dependendo da vacina administrada
Cerca de 89 mil mineiros ainda não procuraram unidades de saúde para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19, conforme dados do Ministério da Saúde. A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) orienta que a população deve seguir o prazo para receber a segunda aplicação do imunizante, que foi informado no cartão de vacinação entregue aos cidadãos no dia do recebimento da primeira dose.
A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES, Janaina Fonseca, explica que todos os estudos referentes à eficácia das vacinas AstraZeneca e Coronavac, ambas adotadas no estado, levam em conta as duas aplicações do imunizante. Portanto, não é comprovada a eficácia com apenas uma única dose. De acordo com a diretora, não existe um prazo máximo para considerar que o indivíduo perdeu a primeira dose, mas é necessário buscar uma unidade de Saúde para receber a segunda aplicação o mais rápido possível.
Em Juiz de Fora, até a última sexta (9), quase 7 mil pessoas ainda não tinham procurado uma unidade de saúde para receber a segunda aplicação. Segundo a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), as pessoas imunizadas com a primeira dose da vacina Coronavac até 26 de março devem receber a segunda aplicação até 29 de abril.
Prazos
Para quem recebeu a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca, a segunda aplicação pode ser administrada no período entre um e três meses após a primeira. Já para a Coronavac, o esquema de imunização é de duas doses com intervalo de 2 a 4 semanas entre elas. Para que a vacinação seja eficaz, é obrigatório que as duas doses sejam produzidas pelo mesmo laboratório.
De acordo com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, no município, o protocolo adotado estabelece o intervalo de 21 a 27 dias entre a primeira e a segunda aplicação. Caso o prazo já tenha passado, não há impedimento para que o indivíduo ainda receba a segunda dose. Em caso de dúvida sobre a data final, é recomendado procurar a UBS mais próxima ou o local onde foi aplicada a primeira dose da vacina.
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