Ambulantes licenciados pela PJF retornam às atividades

Após cem dias sem trabalhar, profissionais retornam às ruas, cumprindo com os protocolos necessários para evitar a proliferação do coronavírus na cidade


Por Marcos Araújo

04/09/2020 às 07h00

Cerca de 200 barracas ganharam o direito de atuar novamente nas ruas da região central da cidade e também nos bairros (Foto: Fernando Priamo)

Os vendedores ambulantes e artesãos licenciados pela Prefeitura de Juiz de Fora receberam autorização a retornarem suas atividades nas ruas, desde a última quarta-feira (2). A permissão, segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur), está de acordo com entendimento da Procuradoria Geral do Município, que considerou que ambulantes regularizados perante a municipalidade pudessem retomar suas atividades, seguindo todos os protocolos de proteção em relação à Covid-19 dispostos na normas estaduais e municipais em vigor. Como isso, como aponta a Associação de Apoio aos Vendedores Ambulantes e Artesãos de JF, cerca de 200 barracas ganharam o direito de atuar novamente nas ruas da região central da cidade e também nos bairros, depois de cinco meses de paralisação em razão das medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus na cidade.

“Totalizamos mais de cem dias sem trabalhar. Nós, que somos registrados e legalizados na Prefeitura, respeitamos o decreto de paralisar as atividades e agora podemos retornar. Praticamente fomos o último segmento a ter essa liberalização e já não havia mais condições de ficar parado. Tivemos uma reunião com representantes da Prefeitura e houve uma interpretação dentro do decreto para que houvesse a liberação da nossa atividade”, ressaltou o presidente da Associação de Apoio aos Vendedores Ambulantes e Artesãos de JF, Cláudio Souza de Menezes.

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Dificuldades

Segundo Cláudio, ao longo do tempo de restrição das atividades, o segmento do qual faz parte enfrentou dificuldades. “A maioria dos ambulantes depende do dia a dia para sobreviver e muitos não tiveram acesso ao auxílio emergencial do Governo, gerando dificuldade para comprar alimentos e remédios e manter suas moradias, sem contar que nosso emocional foi muito afetado, porque, afinal de contas, todos os segmentos ligados ao comércio foram liberados primeiro. Nós ficamos por último e somos os menos favorecidos”, avalia. Ele acrescentou que “não haverá aglomeração de barracas, já que vão respeitar uma demarcação de locais e seguir os protocolos sanitários com uso de álcool em gel e máscara a fim de evitar a proliferação da Covid-19”.

Para o presidente da associação, o retorno às atividades é uma conquista. “Consideramos que é uma vitória para nós, porque tivemos esse reconhecimento do Poder Público de voltar ao nosso trabalho e com responsabilidade. A única coisa que queríamos era o nosso direito de voltar a trabalhar, para cuidar de nossas famílias.”

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Tópicos: coronavírus

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