Governo aponta tendência de estabilização de ocupação de leitos e de mortes

Conforme Secretaria de Estado de Saúde, os dados apontam que não haverá falta de assistência para pacientes com coronavírus em Minas


Por Marcos Araújo

20/07/2020 às 16h38

Os números de ocupação de leitos e as datas das mortes registradas por Covid-19, em Minas Gerais, indicam para uma tendência de estabilização dos casos de coronavírus no estado, conforme o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Em entrevista coletiva virtual à imprensa nesta segunda-feira (20), ele ressaltou que medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras são fundamentais para esse assentamento em níveis mais estáveis.

“Há uma semana, aproximadamente, estamos vendo uma flutuação dentro do número de ocupação de leitos que não mostra mais uma tendência grande ao aumento da ocupação, ou seja, estamos com uma tendência de estabilidade na ocupação de leitos”, avaliou Amaral, acrescentando que, quando se analisa as datas dos óbitos, que são diferentes dos dias de confirmação da morte, também é possível observar essa tendência à estabilização. “Isso significa que, realmente, há uma tendência a não termos um pico com risco de desassistência, de termos pessoas que não teriam como ser atendidas e cuidadas”, acrescentou.

PUBLICIDADE

O secretário estadual enfatizou que, de qualquer forma, é necessário que a população mantenha as medidas, como reforço de higiene, distanciamento social e uso de máscara para o controle da epidemia. “O número de pessoas necessárias para que haja parada da transmissão dentro da sociedade é ainda grande, e precisamos acompanhar. Somente quando tivermos um número significativo de pessoas que tiveram a doença, teremos a imunidade de manada, e a transmissão começará a reduzir significativamente”, afirmou. Nesta segunda, de acordo com o boletim epidemiológico estadual, Minas Gerais atingiu a marca de 94.132 casos confirmados de Covid-19 e 2.004 óbitos pela doença.

O gestor da pasta pontuou que o governo estadual continua ampliando o número de leitos e enviando respiradores e monitores para as regiões. Segundo ele, no começo da pandemia, Minas tinha 2.072 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Sistema Único de Saúde (SUS) e, atualmente, são cerca de 3.500.

“Eu gostaria de reforçar que esse trabalho que nós fizemos só será suficiente se a sociedade mantiver os cuidados. Todos nós queremos voltar ao nosso dia a dia, ao nosso novo normal, e isso será tanto mais rápido quanto possível quando tivermos maior adesão da sociedade”, asseverou Amaral.

Pesquisa de vacinas

Na ocasião, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, foi questionado por jornalistas a respeito de pesquisas sobre vacinas em desenvolvimento. Ele afirmou que, embora algumas estejam em fases mais avançadas, ainda vai demorar até que elas estejam disponíveis para todos. Segundo o gestor, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech, que será testada em Minas Gerais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é uma das mais promissoras.

“Todas as vacinas, depois de estarem validadas, precisam entrar em produção mundo afora. De forma geral, independente da vacina que for, confirmando a sua utilidade, eficiência e eficácia, essas vacinas ainda vão demorar um pouco para que se tenha uma produção numa escala tal para que todos possam receber”, ressaltou.

O conteúdo continua após o anúncio

Tópicos: coronavírus

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.