Governo de Minas afirma ter investido R$ 1 bilhão no combate à Covid-19

Em coletiva desta terça, chefe de gabinete falou sobre lockdown e possível transporte de pacientes para o interior


Por Marcos Araújo

07/07/2020 às 17h55

Um bilhão de reais já foram destinados ao combate à pandemia provocada pelo coronavírus, em Minas Gerais, divulgou, nesta terça-feira (7), o chefe do gabinete da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG), João Pinho, em coletiva virtual à imprensa transmitida pelas redes sociais oficiais do governo. O montante foi destinado a compra de equipamentos de proteção individual, repasse aos municípios e respiradores. Segundo Pinho, ao valor de R$ 60 mil cada respirador, o estado deve receber, até o fim do mês, 1.047 equipamentos, que já vão ser encaminhados diretamente aos hospitais.

Ainda de acordo com ele, o protocolo de lockdown, ainda em fase de elaboração pelo governo, deverá se chamar protocolo de “quarentena” e vai conter ações que devem ser seguidas pelo município e pela população, com o objetivo de evitar a disseminação do coronavírus. Apesar de algumas regiões já terem esgotamento de leitos, como em Ipatinga, no Leste de Minas, a medida ainda não será adotada em nenhuma cidade.

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“Não queremos ter que lançar mão dessa ferramenta. A gente vai tentar estruturar a rede até o máximo possível e é importante que a gente tente ainda manter um nível de isolamento adequado. A gente vê, por exemplo, que, quando temos um nível de isolamento adequado, há uma diminuição expressiva da necessidade de internação para trauma. Quando as pessoas estão mais em casa, a gente tem uma necessidade de internação por trauma menor, daí temos menos atropelamentos e menos necessidade cirúrgica nesse sentido. Então isso também nos dá um pouco mais de margem para internação, não só de coronavírus mas das outras enfermidades”, ressaltou Pinho.

Transporte de pacientes para o interior

Ainda durante a coletiva, o chefe do gabinete da Secretaria Estadual de Saúde, João Pinho, afirmou que o governo de Minas não descarta ter que transportar pacientes com Covid-19 de Belo Horizonte para outras regiões do estado, caso a capital mineira tenha um esgotamento de leitos.

“Hoje a gente tem uma ocupação (de leitos de Covid-19) na macrorregião Central superior a 80%. Então, a gente ainda tem uma certa quantidade de leito disponível. Se no futuro a região central vir a ser mais afetada, naquele momento, teremos a possibilidade de transporte de pacientes. Temos toda uma rede de transporte seja pelo Samu, transporte terrestre ou transporte aéreo. Então, se necessário, levaríamos sim pacientes de Belo Horizonte para o interior”, explicou Pinho.

Conforme a pasta, antes da pandemia, Minas Gerais tinha 2.072 leitos de UTI. Após a chegada do coronavírus, esse total passou para 3.351 leitos, um aumento superior a 50%. A maior parte deles foi aberta em hospitais que já possui estrutura de terapia intensifica para facilitar a operação. As regiões com maiores incrementos foram a Centro-Sul, que passou de 64 para 142 leitos e Oeste, de 109 para 221 novos leitos de UTI.

“A abertura de leitos é feita tentando gerar mais autonomia para as regiões. Então, quando abrimos leito no interior, estamos tentando fazer com que lá não sobrecarregue Belo Horizonte. Mas o movimento inverso também é possível. Caso seja necessário essa operação, teremos também o hospital de campanha, que está evoluindo e em breve devemos ter uma quantidade de leitos operantes, o que também vai ajudar nesse sentido. Faremos todos os remanejamentos que forem necessários para minimizar ao máximo a possibilidade de exaustão de leitos e para tentar fazer com que um paciente não fique sem atendimento”, enfatizou João Pinho.

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Tópicos: coronavírus

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