PM desmonta fábrica de linha chilena no Bairro São Pedro

Material cortante, semelhante ao cerol, é usado em pipas, mas proibido devido ao risco de acidentes


Por Sandra Zanella

17/06/2020 às 16h26

Vários materiais foram apreendidos no estabelecimento que funcionava na Rua Vicente Soares Silva (Foto: 99ª Cia/Divulgação)

A Polícia Militar desmontou uma fábrica que produzia linha chilena em Juiz de Fora. O maquinário operava no Bairro São Pedro, na Cidade Alta, e foi apreendido. A ação policial foi motivada por denúncias e aconteceu no fim da tarde de terça-feira (16), quando um motoboy de 34 anos acabou preso em flagrante por fabricação de material nocivo à saúde. A linha chilena, composta por uma mistura de cola com substância cortante, semelhante ao cerol e normalmente usada em pipas, é proibida, devido ao alto risco de acidentes, sobretudo para ciclistas e motociclistas.

Segundo informações da PM, o estabelecimento funcionava na Rua Vicente Soares Silva. O suspeito teria recebido os militares, assumindo ser morador do local e proprietário da fábrica de linha chilena. Antes do flagrante, ele já havia sido observado pelos policiais operando o maquinário. Mesmo sendo proibida, a linha chilena costuma ser usada ilegalmente em disputas de pipas, sendo utilizada pelos praticantes com o objetivo de cortar a linha de outro papagaio, para derrubá-lo do ar.

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Além das máquinas adaptadas da indústria têxtil usadas na produção, os militares recolheram 25 sacos de “cola gelatina em pó” e diversos rolos de linha, sendo a maioria deles já preparado com a mistura: 44 unidades, com cerca de 500m cada, oito rolos com três mil metros de comprimento, outras cinco unidades de 12 mil metros e mais 115 carretéis, com 100m cada, possivelmente prontos para venda. Ainda foram apreendidas duas garrafas com uma espécie de resina usada na confecção e três baldes com óxido de alumínio em cores diversas. A substância seria usada na mistura com a cola, para produzir o efeito semelhante ou até mais potente do que o cerol, normalmente feito de cola com vidro moído.

A perícia da Polícia Civil foi acionada para realizar os levantamentos no local. A PM destacou que o estabelecimento era usado para fabricação, depósito, exposição e venda de materiais nocivos à saúde. O suspeito foi conduzido para a 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha.

Tópicos: polícia

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