SES projeta pico do coronavírus para meados de julho em Minas

Segundo secretário estadual, efeito do isolamento achatou curva de transmissão; em caso de piora do cenário, Governo pode buscar “algo próximo ao lockdown”


Por Gabriel Silva, estagiário sob supervisão da editora Rafaela Carvalho

28/05/2020 às 15h41

Durante entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira (28), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que o efeito positivo do isolamento adotado há dois meses no estado adiou o pico de transmissão da doença para meados de julho. De acordo com ele, a projeção é feita com base na diferença no número de casos confirmados de coronavírus em relação à projeção inicial, feita em março. No entanto, ele garantiu que, caso haja piora do cenário epidemiológico, o Governo pode optar pelo aumento do isolamento social, buscando “algo próximo ao lockdown”.

Seguindo o primeiro estudo, Minas alcançaria 14 mil casos ainda em abril, com saturação do sistema de saúde. Conforme boletim epidemiológico divulgado nesta quinta, no entanto, o estado tem 8.686 casos confirmados. De acordo com o secretário, com as medidas de distanciamento, a curva foi achatada, e a previsão de pico foi adiada para a primeira quinzena de julho.

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Por conta destes fatores, a previsão é mutável, e, para Amaral, a adesão em massa ao Minas Consciente daria mais segurança ao Estado para o controle da proliferação do coronavírus no estado. “Se os municípios aderirem ao Minas Consciente, a nossa tendência será ter essa projeção (para julho). Se porventura nós tivermos uma mudança muito grande em relação ao Minas Consciente, nós poderemos ter mudança na projeção”, alertou.

O secretário garantiu que, em caso de aumento acentuado no número de casos e stress excessivo no sistema de saúde, as deliberações da secretaria podem mudar e tomar medidas mais assertivas. “Caso haja um aumento de casos, a primeira coisa que vamos fazer é retornar às ondas que estamos fazendo, até a onda verde. Caso ainda haja uma piora muito grande, nós teríamos que aumentar o isolamento, que seria buscar algo próximo ao lockdown”, assegurou.

Tópicos: coronavírus

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