Agenda Cheia!
Na proximidade do Dia Internacional da Pessoa Idosa, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como sendo o dia 1º de outubro de todo ano, a minha agenda fica cheia de atividades. Compromissos. Chovem convites! A semana que passou foi um exemplo típico, genuíno, do que escrevo, prezado leitor e leitora. Vocês que me honram com a leitura aqui, todas as sextas-feiras. Começando pelo meu processo de trabalho. Tive a rica oportunidade de trocar ideias, conteúdos, possibilidades e retomadas, com o/as colegas, abnegado/as e competentes profissionais da saúde municipal. Apresentei o tema da Doença de Alzheimer, motivado pelo dia 21 de setembro – sábado passado – Dia Mundial da Doença de Alzheimer.
Um assunto recorrente nas últimas produções dessa coluna, conforme me apontam o/as leitor/as mais atento/as à minha participação nesse espaço do jornal. No mesmo dia, porém, no período noturno, tive a honra também de ter sido convidado pela professora, amiga e psicopedagoga, Rita Petronilho, com a ratificação do convite feito pela também professora, coordenadora do Curso de Psicologia da Faculdade Granbery, Elismara. A pauta foi “Direitos da Pessoa Idosa”. Um encontro muito produtivo e aconchegante. E para fechar a semana, com chave de ouro, uma experiência inusitada. Pouco comum. Louvável. Recebi convite da professora Priscila, do Colégio do Carmo, para conversar com os alunos e alunas do ensino fundamental, crianças de 8 anos e 9 anos. Pauta? Políticas públicas para as pessoas idosas. A atividade integra a feira cultural do colégio. Um grande desafio: falar de um tema denso, complexo e pesado para crianças. Como diminuir essa distância das gerações humanas? Lá fui eu. Graças à Deus, foi uma experiência fantástica. De muita participação da turma. Com esse calor que está fazendo, tomei um banho de energia e de motivação. O grupo me encheu de perguntas. Adorei. Parabéns à coordenação da atividade pela feliz iniciativa, à professora Renata e toda a sua competente equipe. É nesse encontro intergeracional que podemos educar a sociedade para o seu envelhecimento. Precisamos criar pontes entre nós. Um ditado desgastado, mas, que precisa ser levado à sério.
O que todos esses convites tem em comum? O que eles significam? Significam que a cidade está se abrindo um pouco mais para essa realidade contemporânea, de que estamos envelhecendo. Precisamos de preparação: nós, os profissionais de saúde; o/as futuro/as psicólogo/as. As crianças, desde cedo, devem crescer com a perspectiva de que um dia, envelhecerão. Felizmente tem crescido, gradativamente, o número de profissionais e instituições que se envolvem com as questões do envelhecimento. Ah! Para não esquecer. No dia 1º/10/19, tenho compromisso com alunos do Curso de Marketing e Publicidade e também com alunos do Curso de Administração do Centro de Ensino Superior (CES). Antes, eu passarei no Parque Halfeld, para tomar um cafezinho e prestigiar as ações desenvolvidas pelas representações de instituições que compõem a Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara Municipal. Teremos momentos de apresentações de conteúdos através de rodas de conversas sobre o idoso e o trânsito; o idoso e a violência física e o idoso e os cuidadores. Esses conteúdos foram aprovados em reuniões preparatórias desse evento e tem relevâncias significativas no dia-a-dia das pessoas idosas em nossa comunidade. Reconheço que em alguns dias, não mudaremos a realidade adversa do tratamento social dispensado às pessoas idosas, mas, estou certo, de que precisamos falar mais, escrever mais, conversar mais sobre a nossa maturidade. E desejar seguir adiante na direção de que uma nova sociabilidade está sendo construída, inclusive, com a participação de uma fatia expressiva da população idosa, principalmente, por parte de alguns idosos, que frequentam grupos sociais, centros de convivências, conselhos de políticas públicas. Pessoas idosas que participam da Câmara Sênior. Esses idosos estão se mobilizando e dizendo para a cidade, que eles existem, elas existem, e querem uma cidade solidária, civilizada e mais fraterna.
Não podemos prescindir de ninguém, muito menos, dos mais experientes, dos mais velhos. Como nos alerta, Marcelo Salgado, um dos pioneiros da gerontologia nacional, “se a sociedade inventou a velhice, cabe aos idosos reinventarem a sociedade”. Idosos e todas as gerações.