Câmara inicia transição na presidência da Casa

Presidente eleito, o vereador Pardal sinaliza manutenção de serviços prestados à população


Por Renato Salles

20/12/2018 às 18h12

Pardal reforçou o anseio de revisar todos os contratos firmados pela Casa, com o intuito de buscar ferramentas para cortes de gastos (Foto: Fernando Priamo)

A Câmara Municipal de Juiz de Fora deu início aos trabalhos de transição para o comando da Casa após a eleição do vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC) para a Presidência do Poder Legislativo em pleito realizado no último dia 14. A partir de janeiro, Pardal vai substituir o atual presidente Rodrigo Mattos (PHS). Os trabalhos começaram nesta quinta-feira (20), quando a Comissão Especial de Transição de Gestão da Câmara de Juiz de Fora fez sua primeira reunião. O grupo foi nomeado por Rodrigo e tem a participação do vereador José Márcio (Garotinho, PV) e de servidores da Casa. Segundo o atual comando da Mesa Diretora, quase todos os relatórios de todas as áreas estão praticamente prontos para ser entregues à nova gestão.

Pardal concedeu entrevista ao programa Pequeno Expediente da Rádio CBN Juiz de Fora e afirmou que o acesso aos dados é importante para que possa aprofundar suas metas no Biênio 2019/2020. Apesar disto, o presidente eleito sinalizou a intenção de dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos no último ano e aprofundar algumas ações. “Vamos melhorar tudo que é necessário, como serviços de interesses da população, como a emissão de identidade e o serviço de proteção ao consumidor. Tudo será mantido e até melhorado”, projetou. Ainda de acordo com o vereador, sua experiência durante dois mandatos e meio, inclusive exercendo as funções de secretário da atual Mesa Diretora, será importante para o mandato. “Isto possibilitou que eu conhecesse o funcionamento geral da Casa.”

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Dança das cadeiras
Ainda falando sobre transição, Pardal afirmou que precisa ter acesso a todos os dados para definir possíveis mudanças em cargos comissionados cuja indicação cabe à Mesa Diretora. Trocas não estão, portanto, descartadas, apesar de o futuro presidente da Casa evitar falar em nomes. “Como não tenho dados, não posso me posicionar. Mas é óbvio que mudanças virão. Vou sair de Pardal e vou dar uma de tucano e ir para cima do muro”, brincou, ao falar sobre a provável dança das cadeiras.

Por várias vezes, Pardal agradeceu aos dez vereadores que votaram em sua candidatura, que bateu a chapa encabeçada pelo vereador Kennedy Ribeiro (MDB) – que tinha o apoio do atual presidente Rodrigo Mattos -, por 11 a 8. Ele falou ainda sobre movimentações meses antes da eleição, como o registro do apoio de colegas a sua candidatura em cartório, o que o colocou como favorito na disputa ainda em outubro.

Liderança
“Tomamos todos os cuidados necessários. Este nosso grupo conseguiu uma amarração que inviabilizava mudanças de última hora, como este documento registrado em cartório e de falas feitas da tribuna. Esta amarração se deu no intuito de fazer uma mudança na Casa. Pude passar credibilidade naquilo que estávamos propondo”, afirmou, durante a entrevista. Evitando falar sobre a sucessão municipal de 2020, o futuro presidente da Câmara admitiu que a função que assumirá a partir de janeiro o coloca, naturalmente como uma liderança política.

A presidência da Câmara colocará Pardal como primeiro nome na linha sucessória do prefeito Antônio Almas (PSDB) em caso de ausência do Executivo. O vereador, no entanto, foi discreto ao comentar tal possibilidade. “O futuro a Deus pertence. Quero pedir a Deus que ilumine o prefeito. O que couber à Câmara em relação a mensagens e projetos de lei de interesse da nossa população, vamos trabalhar de forma rápida e objetiva”, sinalizou.

Após a primeira reunião da comissão de transição, a equipe de Pardal reforçou o anseio da futura Mesa Diretora de revisar todos os contratos firmados pela Casa, com o intuito de buscar ferramentas para cortes de gastos e também dar maior transparência das despesas à população. Além dos integrantes do comissão, também participaram do encontro os vereadores Ana Rossignoli (MDB) e Júlio Obama Jr. (PTC), que desempenharão a função de vice-presidentes na próxima Mesa Diretora, e Rodrigo Mattos.

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