Joaquim Barbosa declara voto a Haddad em rede social

Em sua conta no Twitter, o magistrado diz que o oponente, Jair Bolsonaro (PSL) lhe inspira medo


Por Agência Estado

27/10/2018 às 15h32- Atualizada 27/10/2018 às 16h54

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa declarou voto a Fernando Haddad (PT), com quem teve encontro há duas semanas. Em sua conta no Twitter, o magistrado diz que o oponente, Jair Bolsonaro (PSL) lhe inspira medo.

O ex-ministro escreveu: “votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad.”

PUBLICIDADE

 

Haddad agradece apoio de Barbosa e lamenta que ‘outros não tenham coragem’

Em seu último ato de campanha antes da eleição o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, comemorou o apoio recebido do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Sem citar nominalmente Ciro Gomes (PDT), Haddad lamentou que outros “democratas” não tenham tido a mesma “coragem”.

“O apoio do Joaquim Barbosa é muito significativo. Ele tem uma representação muito forte e representa valores dos quais eu compartilho”, disse Haddad, antes de fazer uma caminhada pela favela de Heliópolis, em São Paulo.

Barbosa foi o algoz de petistas como José Dirceu e José Genoíno no julgamento do mensalão.

No início, a campanha pelo segundo turno, Haddad visitou em Brasília o ex ministro, que é filiado ao PSB. O encontro alimentou rumores de que Barbosa poderia ser seu ministro da Justiça.

O petista enumerou nomes de outros partidos de quem recebeu apoio como o tucano Alberto Goldmann e Jarbas Vasconcelos (MDB)

“Já convidei todos os democratas a estarem comigo porque sinto que o (Jair) Bolsonaro é um risco institucional. O que o Joaquim Barbosa falou é o que todo mundo sabe e alguns tem medo de falar. Nem todo mundo tem coragem de admitir o risco que ele realmente representa para o país “, afirmou Haddad.

Questionado sobre Ciro, que chegou na sexta da Europa mas se manteve calado, Haddad tentou evitar o assunto. “Quero falar de quem fez manifestação até sábado.”

O conteúdo continua após o anúncio

Joaquim Barbosa desautoriza Bolsonaro a dizer que foi inocentado no mensalão

Depois de declarar seu voto ao candidato Fernando Haddad (PT), o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa usou novamente sua conta no Twitter, desta vez para rebater mensagens do candidato Jair Bolsonaro (PSL).

“Desde 2014, jamais emiti opinião sobre a conhecida Ação Penal 470. Mudei de atividade profissional. Virei a página. Mas vou esclarecer às pessoas sem conhecimento técnico o seguinte: 1) a AP 470 envolvia sobretudo líderes e presidentes de partidos”, escreveu.

“Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí”, completou.

As mensagens do ex-presidente do STF são resposta a um vídeo divulgado pelo candidato do PSL, pouco depois de Barbosa tornar público seu voto para presidente.

No fim da manhã deste sábado (27), o capitão reformado postou uma gravação da época do processo do mensalão com a legenda: “Em suas redes sociais, Joaquim Barbosa divulga voto em Haddad, mas já está na história que ele mesmo disse que só Bolsonaro não foi comprado pelo PT no esquema de corrupção conhecido como mensalão “

Tópicos: eleições 2018

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.