Haddad elogia Moro, FHC e critica gestão de Dilma

Declarações foram dadas em entrevista ao SBT, exibida na noite desta quarta-feira


Por Agência Estado

17/10/2018 às 21h27

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, fez nesta quarta-feira (17), acenos ao eleitorado de centro que não manifestou apoio a ele. Em entrevista ao SBT exibida à noite, o petista fez elogios ao juiz federal Sérgio Moro e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao mesmo tempo que não deixou de criticar a ex-presidente Dilma Rousseff. Ele foi questionado sobre a opinião que tinha em relação ao juiz Moro, responsável pela Lava Jato e pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril em Curitiba. “Acho que, em geral, ele (Moro) ajudou.

Em relação à sentença do Lula, acho que tem um erro que vai ser corrigido pelos tribunais superiores porque ele não apresentou provas contra o presidente. Mas, em geral, eu acho que o Sérgio Moro fez um bom trabalho, embora eu acho que ele tenha soltado muito precocemente os empresários e liberado dinheiro roubado para estes empresários usufruírem a vida. Então, no geral, o saldo é positivo, mas há reparos a fazer.” O candidato disse também que citados na Lava Jato devem pagar por erros se forem condenados em última instância.

PUBLICIDADE

O petista também fez críticas à gestão econômica de Dilma Rousseff. De acordo com ele, nos últimos dois anos do governo dela, houve um “erro grave” com desonerações. “Nós vamos eliminá-las”, afirmou. “Tem dois períodos. O período que eu vivi no Governo federal foi o que nós criamos 20 milhões de empregos em 12 anos. Eu acho que nos últimos dois anos do Governo Dilma houve um erro grave. Nós desoneramos as empresas pensando que elas iriam gerar postos de trabalho. E isso não aconteceu. Nós vamos eliminar as desonerações para equilibrar as contas públicas”, comentou o candidato.

 

Fernando Haddad fala para o Eleições 2018 do SBT. #HaddadNoSBT

Publicado por Fernando Haddad em Quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Sobre as alianças neste segundo turno, Haddad minimizou as críticas do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), na segunda-feira, e ressaltou que ele gravou um vídeo apoiando-o hoje. O petista disse ainda que quer reunir em torno de si as pessoas que representa a esperança.

O candidato buscou mais uma vez construir pontes com FHC, minimizando a falta de apoio público do ex-presidente a ele. “O presidente Fernando Henrique está numa saia-justa porque alguns dos candidatos ao governo do Estado não me apoiam. Ele é meu… Não diria amigo, mas é uma pessoa com quem eu mantenho relação antiga, muito cordial e respeitosa. E é recíproco”, disse.

O conteúdo continua após o anúncio

Haddad disse ainda reunir o apoio de pessoas que lutaram contra a ditadura militar e a tortura. “Muitos ministros do FHC estão me apoiando. José Carlos Dias, por exemplo, um nome consagrado na advocacia nacional assinou um manifesto em favor da minha candidatura e contra o retrocesso”, disse.

Tópicos: eleições 2018

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.