Empodere-se, mulher!


Por Tribuna

19/07/2017 às 06h00- Atualizada 19/07/2017 às 11h27

Por Luiza de Oliveira Horta, Estudante de jornalismo da Estácio

O empoderamento feminino é uma forma de a mulher estar no mundo, independente e segura. Apesar de estar ganhando visibilidade nos últimos anos, o caminho do empoderamento é mais antigo do que a maioria das pessoas pode imaginar.

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A partir de 1911, conseguimos grandes avanços nesta luta. Naquele ano, foi instaurado o Dia Internacional da Mulher, em decorrência de um incêndio que matou mais de cem mulheres em Nova York. Em 1932, conquistamos o direito de voto opcional no Brasil, e, em 1946, ele se tornou obrigatório.

Questionamos os padrões de beleza através da famosa Queima de Sutiãs de 1968. Legitimamos a Lei Maria da Penha em 2006. E, em 2010, conquistamos a publicação dos princípios de empoderamento das mulheres pela ONU.

Desde então, manifestações artísticas tentam fortalecer o reconhecimento e a igualdade de gênero. Em 2014, Chanel realizou um desfile protesto durante a Paris Fashion Week no qual modelos carregaram placas com dizeres feministas como “ladies first” (“primeiro as mulheres”, em português) e “seja seu próprio estilista”. Este desfile incitou a mídia a falar sobre o tema.

Empoderar uma mulher engloba tudo o que podemos fazer para fortalecer as mulheres e desenvolver a igualdade de gênero nos âmbitos onde as mulheres são a minoria. Desta forma, torna a sociedade mais justa, com a promoção da aceitação e da tolerância a toda e qualquer diferença. É assegurar que homens e mulheres se beneficiem dos mesmos direitos e permitir que as mulheres ocupem os mesmos espaços de poder.

Porém a desigualdade ainda prevalece. Quando estão em uma atividade remunerada, mulheres recebem em média 24% menos do que homens (Relatório de Desenvolvimento Humano de 2015), e 67% das estudantes universitárias entrevistadas por uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular afirmaram já terem sofrido algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) no ambiente acadêmico.

É preciso dar voz ao movimento feminista e fortalecer esse caminho árduo a trilhar para sermos reconhecidas e termos as mesmas oportunidades oferecidas aos homens.

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