O século da conexão


Por Tribuna

01/09/2017 às 06h00

Daniel Cesar de Paula Campos, Estudante de Jornalismo da Estácio/JF

Com a globalização a todo vapor, os meios de comunicação vêm sendo cada vez mais tecnológicos e acessados, sendo inevitável pensar na revolução e evolução da internet no mundo. Novas plataformas são desenvolvidas a todo o momento, dando espaço à autopromoção, ao reconhecimento e até mesmo ao sustento para muitos. As redes sociais vêm adquirindo um trabalho de classificações, uma vez que você se baseia nas pessoas através da construção de seus perfis, em que o número de seguidores e a influência dão um conceito de aprovação a esse meio, o que não será extremamente predominante, sendo que apenas números e popularidade não criam a principal arma para um bom influenciador contemporâneo. O conteúdo será o principal instrumento usado para quem está nessa área.

Vivenciamos uma era de informação, na qual é quase impossível se dizer “eu não sabia” ou “o que é isso?”. A tecnologia se renovou em aparelhos portáteis, o que torna as pessoas conectadas o tempo todo e com diversidade de informações e notícias sempre à palma da mão. Segundo dados da Anatel, o Brasil terminou o primeiro semestre de 2017 com 242,1 milhões de celulares e densidade de 116,65 celulares por cem habitantes.O século XXI e a inovação nunca estiveram tão juntos, e o reconhecimento na internet se tornou fundamental, uma vez que a cada dia uma nova identidade é criada e exposta. A sigla para “Fear of Missing Out” (medo de estar perdendo algo), FoMO, é usada para retratar a síndrome de pessoas que estão viciadas em redes sociais, podendo causar doenças como angústia e depressão. Esses problemas podem ocorrer para indivíduos que checam o Facebook, Instagram e o Twitter de cinco em cinco minutos mesmo não tendo novidades em seu feed.

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É difícil perceber algumas estratégias de opressão e manipulação das redes sociais em nossa vida e como nos tornamos submissos ao uso dessas tecnologias. O fato de os aparelhos e os aplicativos dominarem você passa de forma despercebida, por exemplo, ao comprar o novo celular do ano, você nem se dá conta de que talvez o seu antigo ainda estivesse bom. Os fins de semana nunca mais foram os mesmos, sendo fundamental mostrar ao mundo como você se divertiu, com quem, o que bebe e até mesmo o que come. Ficar totalmente “off” já não é mais possível. Já parou para pensar que estamos em uma era em que os objetos estão nos dominando? Quem assume o controle é você ou seu celular?

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