É a economia

Pré-candidatos admitem situação crítica do país, mas consideram que há saídas para solução da crise


Por Tribuna

19/06/2018 às 07h00

Ao participarem do Conexão Empresarial – evento organizado pela VB Brasil e do qual a Tribuna é parceira -, quatro dos presidenciáveis apresentaram um cenário crítico para o Brasil. Pelo menos não venderam esperança, mas demonstraram que há caminhos, desde que a austeridade seja a palavra de ordem. Ciro Gomes, Paulo Rabelo, João Amoedo e o senador Álvaro Dias.

Ao se apresentarem diante de uma plateia basicamente de empresários, admitiram que o novo síndico vai assumir uma massa falida, o que implica, necessariamente, reformas urgentes para colocar o país nos trilhos, e a tributária é uma delas.

PUBLICIDADE

Todos têm receitas, mas o ponto central foi o combate ao radicalismo que se acerbou nos últimos anos e que não conduz a lugar algum. Apostar em salvadores da pátria, que se apresentam especialmente nesse cenário, é um jogo de risco, pois, em vez da pacificação necessária, jogariam o país para uma divisão irreversível. A economia foi o foco dos discursos, uma vez que, quando esta vai bem, até a democracia vai bem. Por isso, investir nessa pauta não é um mero exercício de imaginação, e sim uma necessidade.

E, nesse ponto, o Governo Temer está perdendo o bonde da história. Quando fez a reforma trabalhista, deu um passo adiante; quando cedeu aos caminhoneiros, andou para trás. Pior do que isso: com uma equipe sem a qualificação necessária para conduzir o país, com falhas amadoras – como negociar com interlocutores errados -, deu margem ao jogo de barganha que não acaba nunca. Cedeu no frete, no preço dos combustíveis, e não sabe quem vai pagar a conta.

Aliás, sabe, porque, como sempre, será o cidadão a quem caberá o prejuízo ante o jogo de repasses que virá pela frente.

 

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.