Sinserpu critica excesso de comissionados na PJF


Por Tribuna

20/02/2015 às 07h00- Atualizada 20/02/2015 às 08h33

Amarildo diz que caso mais grave ocorre na Empav

Amarildo diz que caso mais grave ocorre na Empav

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O corte de gastos anunciado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), instituído pelo Decreto 12.259 – em vigência desde o dia 13 – foi motivo de duras críticas feitas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu-JF). A entidade chegou a divulgar nota de repúdio sobre a decisão tomada pelo Executivo, tendo por base a “imposição de medidas” e a “ausência de diálogo do poder público com as entidades representativas dos servidores”. O sindicato ainda acusou a PJF de “tentar jogar nas costas do servidor municipal o ônus da completa falta de zelo com a coisa pública”. Uma das razões seria o excesso de cargos comissionados, principalmente na Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav).

O presidente do Sinserpu, Amarildo Romanazzi, explicou à Tribuna que os servidores de carreira não são os culpados pelo déficit público, mas sim o excesso de cargos comissionados. Segundo ele, o caso mais grave acontece na Empav por extrapolar os 35 postos permitidos pelo plano de cargos de carreira. “Temos mais de cem pessoas contratadas pela Empav em cargos comissionados, e parte delas está lotada em outros departamentos da Prefeitura. Isto ocorre pois não há realização de concursos públicos, fato que muito nos preocupa, pois coloca em risco o fundo de previdência próprio dos servidores de carreira da PJF”, destacou.

Amarildo pontuou que, diante do aperto financeiro vivido por muitas prefeituras – inclusive menores que a de Juiz de Fora – investir para a realização do carnaval, mesmo que de forma antecipada, foi uma falta de responsabilidade. “Isto demonstra a falta de controle com as finanças. Não há fiscalização dos gastos, principalmente com veículos. No passado, a Prefeitura mantinha um posto de combustível para abastecer a frota, que em sua maioria, era própria. Isso não existe mais, e as contas deixam de ser transparentes”, afirmou, acrescentando que não é de hoje que o sindicato tenta expor os excessos cometidos pela Administração.

Outro lado

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A Prefeitura, por meio de sua assessoria de comunicação, lamentou a postura do Sinserpu, dizendo que a mesma não condiz com a verdade, confundindo, assim, o servidor municipal e a população. Em nota, a PJF afirmou que prima pela total transparência de seus atos, garantindo a implantação integral da Lei de Acesso à Informação e, da mesma forma, “sempre atuou em relação aos servidores, estando aberta ao diálogo e a melhorias nas condições de trabalho.”

Quanto à Empav, o Executivo ressaltou que vem atuando no enxugamento de cargos da empresa, inclusive com a extinção de posições, como aconteceu, recentemente, com a vice-presidência. A PJF ainda destacou que, por meio do decreto, quer garantir que a aplicação dos recursos seja mais consciente e moderna, observando todos os pontos, a fim de garantir que não houvesse prejuízos à população ou ao servidor.

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