Servidores fazem ‘roletaço’ no RU


Por Bárbara Riolino

14/04/2016 às 13h02- Atualizada 14/04/2016 às 13h54

Servidores foram para a porta do RU Campus (Foto: Fernando Priamo)
Servidores foram para a porta do RU Campus (Foto: Fernando Priamo)

 

Técnico-administrativos da UFJF paralisaram as atividades nesta quinta-feira (14) como forma de protesto contra o Projeto de Lei (PL) 257/2016, proposto pelo Governo federal para reestruturação fiscal e repactuação das dívidas dos estados com a União. Para marcar o movimento, eles realizaram uma série de atividades no campus, entre elas um “roletaço” na hora do almoço no Restaurante Universitário (RU). A ação permitiu o acesso sem catracas e refeições grátis para cerca de quatro mil alunos, além de servidores terceirizados e docentes.

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Com a suspensão das atividades por 24 horas, orientada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), outros setores da Federal tiveram seu funcionamento suspenso, como a unidade do RU no Centro, Biblioteca Central, Centro de Atendimento e o serviço de transporte dentro da universidade. “Além do PL, incluímos a nossa pauta local, que é a manutenção da jornada de trabalho com 30 horas semanais. Nosso dia começou com um ato público na Reitoria e depois tivemos uma reunião com a vice-reitora, Girlene da Silva, para tratar das reivindicações”, explicou Paulo Dimas, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf).

A respeito de uma nova greve da categoria, Dimas destacou que, por enquanto, o sindicato não trabalha a possibilidade, porém, a mesma não é descartada, já que uma mudança nos rumos dependerá do cumprimento do acordo firmado com o governo em 2015, que passa a valer em agosto. Ele garantiu, ainda, que nesta sexta-feira (15), as atividades no campus retornam normalmente.

Sobre o PL 257, a Fasubra o classificou como um ataque pesado em cima do serviço público e dos servidores. Ele prevê congelamento salarial, suspensão de concursos, aumento da terceirização, elevação dos índices de contribuição previdenciária e o ressurgimento do plano de demissão voluntária (PDV), adotado no país durante o governo de Fernando Collor de Melo.

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