Sessão do impeachment no Senado é interrompida


Por Agência Brasil

11/05/2016 às 18h49- Atualizada 11/05/2016 às 19h03

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), suspendeu a sessão que vota a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff. A interrupção já estava prevista e a segunda do dia. Os trabalhos serão retomados às 19h.

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“A nação cobra que tenhamos uma saída para este impasse”, disse Renan.

Desde o início da manhã, senadores estão discursando sobre o processo. Cada um tem 15 minutos para falar. No total, 68 senadores se inscreveram para falar. Até o momento, 22 senadores já falaram, 18 se posicionaram a favor do impedimento.

Resultado só amanhã

Por falta de consenso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou requerimento propondo a redução do tempo de discurso dos senadores na sessão de debates sobre a admissibilidade do processo de impeachment.

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) defendeu a proposta, alegando que, com os 15 minutos previstos para cada um, a sessão vai se prolongar até amanhã (12). “Temos mais de 50 para falar. Vai amanhecer o dia. Acho que seria razoável que passássemos para 5 a 10 minutos, no máximo.”

Líder do governo, o senador Humberto Costa (PT-PE) se manifestou contrário à proposta, afirmando que ela iria ferir o direito de igualdade entre os senadores, uma vez que 16 já tinham usado 15 minutos de discurso.

“Me inscrevi para falar entre os últimos porque queria antes ouvir todo mundo. Se soubesse que meu tempo seria reduzido, teria me inscrito para falar entre os primeiros. Posso propor que a gente vá até mais tarde na sessão de hoje e depois suspenda para retomarmos amanhã, mas não que o tempo dos senadores seja diminuído”, acrescentou.

Diante da falta de acordo, Renan Calheiros optou por não colocar o requerimento em votação e nem determinar monocraticamente a redução do tempo de discurso. “Não quero assumir a responsabilidade de atrasar ou adiantar o relógio da história”, afirmou.

Discursos

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A senadora Ângela Portela (PT-RR) foi a décima sétima a discursar e a segunda senadora a defender o governo. Segundo ela, “certamente o Brasil será outro após a decisão a ser tomada hoje, mas lamentavelmente não teremos um país melhor”.

Antes de Ângela Portela, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) fez um duro discurso contra o governo e uma crítica à esquerda que ainda apoia Dilma Rousseff, a quem chamou de “antiquada, ultrapassada e saudosista”.

Para Cristovam, o governo petista trocou a assistência social pelo assistencialismo e deixou de investir na educação de base para adotar o falso slogan de Pátria Educadora.

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