João do Joaninho é indiciado em cinco crimes


Por Guilherme Arêas

10/07/2015 às 17h26- Atualizada 13/07/2015 às 08h48

Delegada Dolores Tambasco concluiu o inquérito e irá relatá-lo à Justiça na próxima segunda (Foto: Fernando Priamo/10-07-15)
Delegada Dolores Tambasco concluiu o inquérito e irá relatá-lo à Justiça na próxima segunda (Foto: Fernando Priamo/10-07-15)

O vereador João do Joaninho (DEM) foi indiciado pela Polícia Civil em cinco crimes do Código Penal, do Estatuto do Desarmamento e da Lei de Crimes Ambientais. A informação foi repassada pela delegada responsável pelo caso, Dolores Tambasco, durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (10). Conforme ela, o inquérito será relatado à Justiça na próxima segunda. Pelo Código Penal (Lei 2.848), o parlamentar foi indiciado por desobediência (artigo 330) e tráfico de influência (artigo 332), caracterizado por “solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função”. Pelo Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826), o vereador foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (artigo 14). Já pela Lei de Crimes Ambientais, João do Joaninho responderá pelo artigo 29, que prevê punição para quem “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”, e pelo artigo 69, por “obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais”.

 

PUBLICIDADE

O caso

[Relaciondas_post] O vereador João do Joaninho, de 50 anos, foi flagrado pela 4ª Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário da PM dentro de uma lancha, no final da tarde do dia 11 de junho, junto com um homem de 51 anos. Na embarcação estavam três capivaras e um jacu abatidos, além de uma espingarda calibre 22 e 48 munições, sendo duas já deflagradas. O homem de 51 anos assumiu o crime ambiental e a posse da arma. Ele foi levado à delegacia e foi liberado após pagar fiança de R$ 4 mil.

Já o vereador, no momento da abordagem, disse que estava sem os documentos e pediu aos policiais para ir até a sua propriedade, que fica às margens da represa de Chapéu D’Uvas. No Registro de Evento de Defesa Social (Reds), foi relatado que o vereador teria se “aproveitado da situação e evadido do local, tomando rumo incerto, não sendo localizado pela guarnição até o encerramento da ocorrência”. João do Joaninho afirma que estava a caminho da delegacia quando foi orientado por seu advogado a não comparecer para prestar depoimento.

 

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.